ASSIM, NÃO...
A continuar assim, muita gente vai deixar de ir ver o rali ao vivo e, eu sou, desde já, um deles. Não se pense que, ao lerem (se alguém ler) este meu comentário, que eu sou a favor da "liberdade plena", em cada PEC dos espetadores, criando situações perigosas, como aconteceu em anos já mais recuados em que, só por milagre, é que não aconteceram mais acidentes graves, como o de Sintra e outros, por esse mundo fora.Não, sou a favor da segurança, minha e de todos os que vão para ver um evento que, pela sua natureza, é perigoso, ou potencialmente perigoso. Agora, fazer, em nome da segurança, o que está a ser feito, isso não. Neste último sábado desloquei-me a Montim, onde já vi o rally de Portugal mais de vinte vezes, desde o tempo da famosa trilogia Montim-Lameirinha-Luílhas e, felizmente, nunca fui observador de algo de anormal, nem de qualquer acidente grave, tirando um ou outro embate contra as bermas, não passando de chapa amolgada e vidros partidos. Chegado ao local, bem cedo, 2,5 horas antes da passagem do primeiro carro de competição, sou "guiado" pelos agentes da GNR para um espaço (as chamadas ZE-Zonas Espetáculo). Até aqui nada a objetar, embora, logo à partida, a minha liberdade em me deslocar pelo monte (direito meu) tenha sido posta em causa. A estrada é dos carros, mas o monte é nosso, de todos e livre para ser palmilhado, para cá e para lá, sempre afastado do perigo.