sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

O LEÃO, O ALENTEJANO E A LOURA
 
O dono de um circo colocou um anúncio procurando um domador de leão.
Apareceram 2 pessoas: um senhor de boa aparência, alentejano, e uma loura espetacular de 25 anos.
O dono do circo fala com os 2 candidatos e diz:
- Eu vou directo ao assunto. O meu leão é extremamente feroz e matou os meus dois últimos domadores. Ou vocês são realmente bons, ou não vão durar 1 minuto! Aqui está o equipamento - banquinho, chicote e pistola. Quem quer entrar primeiro?
Diz a loura:
- Vou eu!
Ela ignora o banquinho, o chicote e a pistola e entra rapidamente na jaula. O leão ruge e começa a correr na direcção da loura. Quando falta um metro para ser alcançada, a loura abre o vestido e fica toda nua, mostrando todo o esplendor do seu corpo. O leão pára como se tivesse sido fulminado por um raio! Ele deita-se na frente da loura e começa a lamber-lhe os pés! Pouco a pouco, vai subindo e lambe o corpo inteiro da loura durante longos minutos!
O dono do circo, com o queixo caído até ao chão diz:
- Eu nunca vi nada assim na minha vida!
Vira-se para o alentejano e pergunta:
- Você consegue fazer a mesma coisa?
E o alentejano responde:

- Claro! É só tirar de lá o leão...

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

COMO É QUE ESTE PAÍS PODE AVANÇAR...COM GENTE DESTA

O ex-presidente da comissão executiva do (BCP), Paulo Teixeira Pinto, apoiante da monarquia, integra o Conselho Privado de D. Duarte Pio de Bragança e preside à Causa Real saiu em 2008 do grupo BCP com uma indemnização de 10 milhões de euros e com o compromisso de receber até final de vida uma pensão anual equivalente a 500 mil euros.
Aos 46 anos este jovem bafejado pela sorte de ter um bom tacho, teve direito à reforma vitalícia devido a um relatório da junta médica que o atesta incapaz, por doença. Bingo...
Desta forma a sua incapacidade para o BCP foi muito conveniente pois resultou num enriquecimento rápido e num cargo novo numa consultora financeira que por acaso aceita reformados por incapacidade.
Para os de compreensão lenta e memória curta, as juntas médicas são aqueles senhores que se recusaram a dar baixa a professoras com cancro, e outros doentes igualmente remediados...
Baixas e reformas é um direito exclusivo para os ricos... pensávamos que era para doentes, carenciados, esfomeados?
Suponhamos que este senhor vive só até aos 76 anos... são 30 anos a receber 500 mil euros por ano...

quarta-feira, 25 de novembro de 2015


O SILVA DAS VACAS

Algumas das reminiscências da minha escola primária têm a ver com vacas. Porque a D.ª Albertina, a professora, uma mulher escalavrada e seca, mais mirrada que uva-passa, tinha um inexplicável fascínio por vacas. Primavera e vacas. De forma que, ora mandava fazer redacções sobre a primavera, ora se fixava na temática da vaca. A vaca era, assim, um assunto predilecto e de desenvolvimento obrigatório, o que, pela sua recorrência, se tornava insuportavelmente repetitivo. Um dia, o Zeca da Maria "gorda", farto de escrever que a vaca era um mamífero vertebrado, quadrúpede ruminante e muito amigo do homem a quem ajudava no trabalho e a quem fornecia leite e carne, blá, blá, blá, decidiu, num verdadeiro impulso de rebelião criativa, explicar a coisa de outra forma. E, se bem me lembro ainda, escreveu mais ou menos isto:

 

"A vaca, tal como alguns homens, tem quatro patas, duas à frente, duas atrás, duas à direita e duas à esquerda. A vaca é um animal cercado de pêlos por todos os lados, ao contrário da península que só não é cercada por um. O rabo da vaca não lhe serve para extrair o leite, mas para enxotar as moscas e espalhar a bosta. Na cabeça, a vaca tem dois cornos pequenos e lá dentro tem mioleira, que o meu pai diz que faz muito bem à inteligência e, por não comer mioleira, é que o padre é burro como um tamanco. Diz o meu pai e eu concordo, porque, na doutrina, me obriga a saber umas merdas de que não percebo nada como as bem-aventuranças. A vaca dá leite por fora e carne por dentro, embora agora as vacas já não façam tanta falta, porque foi descoberto o leite em pó. A vaca é um animal triste todo o ano, excepto no dia em que vai ao boi, disse-me o pai do Valdemar "pauzinho", que é dono do boi onde vão todas as vacas da freguesia. Um dia perguntei ao meu pai o que era isso da vaca ir ao boi e levei logo um estalo no focinho. O meu pai também diz que a mulher do regedor é uma vaca e eu também não entendi. Mas, escarmentado, já nem lhe perguntei se ela também ia ao boi."

 

 Foi assim. Escusado será dizer que a D.ª Albertina, pouco dada a brincadeiras criativas, afinfou no pobre do Zeca um enxerto de porrada a sério. Mas acabou definitivamente com a vaca como tema de redacção. Recordei-me desta história da D.ª Albertina e da vaca do Zeca da Maria "gorda", ao ler que Cavaco Silva, presidente da República desta vacaria indígena, em visita oficial ao Açores, saiu-se a certa altura com esta pérola vacum: "Ontem eu reparava no sorriso das vacas, estavam satisfeitíssimas olhando o pasto que começava a ficar verdejante"! Este homem, que se deixou rodear, no governo, pelo que viria a ser a maior corja de gatunos que Portugal politicamente produziu; este homem, inculto e ignorante, cuja cabeça é comparada metaforicamente ao sexo dos anjos; este político manhoso que sentiu necessidade de afirmar publicamente que tem de nascer duas vezes quem seja mais honesto que ele; este "cagarola" que foi humilhado por João Jardim e ficou calado; este homem que, desgraçadamente, foi eleito presidente da República de Portugal, no momento em que a miséria e a fome grassam pelo país, em que o desemprego se torna incontrolável, em que os pobres são miseravelmente espoliados a cada dia que passa, este homem, dizia, não tem mais nada para nos mostrar senão o fascínio pelo "sorriso das vacas", satisfeitíssimas olhando o pasto que começava a ficar verdejante"! Satisfeitíssimas, as vacas?! Logo agora, em tempos de inseminação artificial, em que as desgraçadas já nem sequer dispõem da felicidade de "ir ao boi", ao menos uma vez cada ano!

 

 Noticiava há dias o Expresso que, há mais ou menos um ano e aquando de uma visita a uma exploração agrícola no âmbito do Roteiro da Juventude, Cavaco se confessou "surpreendidíssimo por ver que as vacas, umas atrás das outras, se encostavam ao robô e se sentiam deliciadas enquanto ele, durante seis ou sete minutos, realizava a ordenha"! Como se fosse possível alguma vaca poder sentir-se deliciada ao passar seis ou sete minutos com um robô a espremer-lhe as tetas!! Não sei se o fascínio de Cavaco por vacas terá ou não uma explicação freudiana. É possível. Porque este homem deve julgar-se o capataz de uma imensa vacaria, metáfora de um país chamado Portugal, onde há meia-dúzia de "vacas sagradas", essas sim com direito a atendimento personalizado pelo "boi", enquanto as outras são inexoravelmente "ordenhadas"! Sugadas sem piedade, até que das tetas não escorra mais nada e delas não reste senão peles penduradas, mirradas e sem proveito.

 

 A este "Américo Tomás do século XXI" chamou um dia João Jardim, o "sr. Silva". Depreciativamente, conforme entendimento generalizado. Creio que não. Porque este homem deveria ser simplesmente "o Silva". O Silva das vacas. Presidente da República de Portugal. Desgraçadamente.

 

Luís Manuel Cunha in «Jornal de Barcelos»

sexta-feira, 31 de julho de 2015

VAMOS LÁ RIR


Serviço Nacional de Saúde - fazer mais com menos
O telefone toca e a dona da casa atende:
– Estou ?!
– Poderia falar com a esposa do Sr. Silva, por favor....?
– É a própria .
– Daqui é o Dr. Arruda, do Laboratório de Análises. Ontem, quando o
médico do seu marido enviou a biópsia aqui para o laboratório, chegou
também uma biópsia de um outro Sr. Silva e agora não sabemos qual é a
do seu marido… e infelizmente, os resultados são ambos maus…
– E o que é que o Sr. Dr. quer dizer exatamente com isso?
– Um dos exames deu positivo para Alzheimer e o outro deu positivo para HIV.
– Nós não sabemos qual é o do seu marido.
– Que horror! E vocês não podem repetir os exames?
– Não. O Serviço Nacional de Saúde só paga estes exames caros uma
única vez por paciente. Agora com os cortes…
– Bem, o que é que o senhor me aconselha a fazer?
– Sugiro que a senhora leve o seu marido para um lugar bem longe de
casa e o deixe por lá. Se ele encontrar o caminho de volta…, não faça
mais sexo com ele!
 imagesCAWFBI9F.jpg
E DEPOIS O MACACO SOU EU


José Campos













quinta-feira, 30 de julho de 2015




Eu já assim faço. E quando não desligo mesmo, corto o som, no mínimo.


imagesCAWFBI9F.jpg
E DEPOIS O MACACO SOU EU


José Campos





sábado, 25 de julho de 2015

VAMOS LÁ RIR


É duro ser idoso...
Um homem levou o seu pai velhinho para um asilo de idosos.
Lá chegados, sentou o velhinho num sofá, na sala de espera, e foi à receção falar com os médicos.
De repente, o velhinho começou a pender vagarosamente para a esquerda.
Um médico passou por perto e disse:
- Deixe-me ajudá-lo.
O médico empilhou várias almofadas no lado esquerdo do velhinho para ajudá-lo a manter-se direito.
O velhinho começou a pender vagarosamente para a direita. Um funcionário percebeu e empilhou mais umas quantas almofadas no lado direito dele.
O velhinho começou a pender para frente.
Então, passou por ali uma enfermeira que empilhou várias almofadas na frente dele.
A essa altura, o filho volta:
- E então, pai, este parece ser um lugar agradável, não?
O velhinho respondeu:
- Penso que sim, filho, mas não me deixam dar um peido!!



imagesCAWFBI9F.jpg
E DEPOIS O MACACO SOU EU


José Campos

quarta-feira, 22 de julho de 2015

VAMOS LÁ RIR


Aquilo que nem Michel Porter sabia


Estudo e Planeamento Estratégico
No confessionário, chega o pequenito (mas nosso velho conhecido) Joãozinho que confessa:
- Senhor Padre, eu pequei. Fui seduzido por uma mulher casada que se diz séria. 
- És tu, Joãozinho? 
- Sou, Sr. Padre, sou eu.- E com quem estiveste tu?
- Padre, eu já disse o meu pecado.... Ela que confesse o dela.
- Olha, mais cedo ou mais tarde eu vou saber, assim é melhor que me digas agora!... Foi a Isabel da   farmácia?
- Os meus lábios estão selados, disse Joãozinho.
- Então foi a Maria do quiosque?
- Por mim, jamais o saberá...
- Ah! Ou não terá sido a Maria José florista?
- Não direi nunca!!!
- Já sei, só pode ter sido a Manuela da tabacaria!
- Senhor Padre, não insista!!!

- Vamos lá acabar com isto! Foi a Catarina da pastelaria, não foi?
- Senhor Padre, isto não faz sentido.

O Padre rói as unhas desesperado e diz-lhe então:
- És um cabeça dura, Joãozinho, mas no fundo do coração admiro a tua reserva.
 Vai então rezar vinte Pais-Nossos e dez Avé-Marias.... Vai com Deus, meu filho...
Joãozinho sai do confessionário e vai para os bancos da igreja.
O seu amigo Manecas desliza para junto dele e sussurra-lhe:
- E então? Conseguiste a Lista?
- Consegui. Já temos cinco mulheres casadas que dão para toda a gente!!
Conclusão:
O PLANEAMENTO ESTRATÉGICO, COMEÇA COM UMA BOA ANÁLISE DO MERCADO...



imagesCAWFBI9F.jpg
E DEPOIS O MACACO SOU EU


José Campos






segunda-feira, 20 de julho de 2015

VAMOS LÁ RIR


Um homem de meia idade dirigiu-se ao supermercado para comprar duas caixas de preservativos. Ao chegar à caixa para efetuar o pagamento, pergunta-lhe a operadora de caixa:
-Deseja saco? ao  que ele respondeu!
-Puxa ela também não é assim tão feia!

imagesCAWFBI9F.jpg
E DEPOIS O MACACO SOU EU

José Campos





quarta-feira, 1 de julho de 2015

Empregada africana


A empregada africana, chorando convulsivamente, chega à sala de estar com a mala de viagem na mão e despede-se da patroa que, muito intrigada lhe perguntou:

- Carmélia, que se passa…? Para onde vai?
- Prá junto di minha família, Dona Fror, prá mórrér junto di meus!...
- Mas… o que aconteceu, querida?

- Óh Dona Fro, a sinhora fala sémpre qui seu marido é issilente médico e nunca errou uns dignóstico ná vida...

- Pois…, É verdade…, Normalmente, ele nunca se engana no diagnóstico...

- Mas, o que tem isso a ver com a sua saída de casa?

- Então Dona Fror, é qui o Dr. hoje pela manhã, antes di ir embora, apalpou-me bem todo o corpo encustou os ouvido nos meu peito e dissi-mi muito sério:

- HMMM, DESTA NOITI TU NUM PASSAS !!








sábado, 27 de junho de 2015

NOTÍCIA DE ULTIMA HORA: Passos Coelho chamado de urgência a Berlin. A madrinha não gostou e dei-lhe um valente puxão de orelhas. E de "rabinho entre as pernas" lá voltou ele agora para enfrentar o Paulinho das feiras que, ao que se diz, é bem mais feroz que a madrinha. Coitado do homem, já não chegava a grande maioria dos portugueses não gostarem dele, agora até os "mais próximos" lhe viram as costas. Deve ser por estar perto de deixar o poleiro. Já não vão precisar dele.
(Veja a foto em https://www.facebook.com/jose.campos.7587)
imagesCAWFBI9F.jpg
E DEPOIS O MACACO SOU EU


José Campos






sexta-feira, 26 de junho de 2015


"Senhores Ministros:
Tenho 86 anos, e modéstia à parte, sempre honrei o meu país pela forma como o representei em todos os palcos, portugueses e estrangeiros, sem pedir nada em troca senão respeito, consideração, abertura – sobretudo aos novos talentos – e seriedade na forma como o Estado encara o meu papel como cidadão e como artista.
Vivi a guerra de 38/45 com o mesmo cinto com que todos os portugueses apertaram as ilhargas. Sofri a mordaça de um regime que durante 48 anos reprimiu tudo o que era cultura e liberdade de um povo para o qual sempre tive o maior orgulho em trabalhar. Sofri como todos, os condicionamentos da descolonização. Vivi o 25 de Abril com uma esperança renovada, e alegrei-me pela conquista do voto, como se isso fosse um epítome libertador.
Subi aos palcos centenas, senão milhares de vezes, da forma que melhor sei, porque para tal muito trabalhei.
Continuei a votar, a despeito das mentiras que os políticos utilizaram para me afastar do Teatro Nacional. Contudo, voltei a esse teatro pelo respeito que o meu público me merece, muito embora já coxo pelo desencanto das políticas culturais de todos os partidos, sem excepção, porque todos vós sois cúmplices da acrescida miséria com que se tem pintado o panorama cultural português.
Hoje, para o Fisco, deixei de ser Actor… e comigo, todos os meus colegas Actores e restantes Artistas deste país – colegas que muito prezo e gostava de poder defender.
Tudo isto ao fim de setenta anos de carreira! É fascinante. Francamente, não sei para que servem as comendas, as medalhas e as Ordens, que de vez em quando me penduram ao peito?
Tenho 86 anos, volto a dizer, para que ninguém esqueça o meu direito a não ser incomodado pela raiva miudinha de um Ministério das Finanças, que insiste em afirmar, perante o silêncio do Primeiro-Ministro e os olhos baixos do Presidente da República, de que eu não sou actor, que não tenho direito aos benefícios fiscais, que estão consagrados na lei, e que o meu trabalho não pode ser considerado como propriedade intelectual.
Tenho pena de ter chegado a esta idade para assistir angustiado à rapina com que o fisco está a executar o músculo da cultura portuguesa. Estamos a reduzir tudo a zero… a zeros, dando cobertura a uma gigantesca transferência dos rendimentos de quem nada tem para os que têm cada vez mais.
É lamentável e vergonhoso que não haja um único político com honestidade suficiente para se demarcar desta estúpida cumplicidade entre a incompetência e a maldade de quem foi eleito com toda a boa vontade, para conscientemente delapidar a esperança e o arbítrio de quem, afinal de contas, já nem nas anedotas é o verdadeiro dono de Portugal: nós todos!
É infame que o Direito e a Jurisprudência Comunitárias sirvam só para sustentar pontualmente as mentiras e os joguinhos de poder dos responsáveis governamentais, cujo curriculum, até hoje, tem manifestamente dado pouca relevância ao contexto da evolução sociocultural do nosso povo. A cegueira dos senhores do poder afasta-me do voto, da confiança política, e mais grave ainda, da vontade de conviver com quem não me respeita e tem de mim a imagem de mais um velho, de alguém que se pode abusiva e irresponsavelmente tirar direitos e aumentar deveres.
É lamentável que a senhora Ministra das Finanças, não saiba o que são Direitos Conexos, e não queiram entender que um actor é sempre autor das suas interpretações – com direitos conexos, e que um intérprete e/ou executante não rege a vida dos outros por normas de "excel" ou por ordens “superiores”, nem se esconde atrás de discursos catitas ou tiradas eleitoralistas para justificar o injustificável, institucionalizando o roubo, a falta de respeito como prática dos governos, de todos os governos, que, ao invés de procurarem a cumplicidade dos cidadãos, se servem da frieza tributária para fragilizar as esperanças e a honestidade de quem trabalha, de quem verdadeiramente trabalha.
Acima de tudo, Senhores Ministros, o que mais me agride nem é o facto dos senhores prometerem resolver a coisa, e nada fazer, porque isso já é característica dos governos: o anunciar medidas e depois voltar atrás. Também não é o facto de pôr em dúvida a minha honestidade intelectual, embora isso me magoe de sobremaneira. É sobretudo o nojo pela forma como os seus serviços se dirigem aos contribuintes, tratando-nos como criminosos, ou potenciais delinquentes, sem olharem para trás, com uma arrogância autista que os leva a não verem que há um tempo para tudo, particularmente para serem educados com quem gera riqueza neste país, e naquilo que mais me toca em especial, que já é tempo de serem respeitadores da importância dos artistas, e que devem sê-lo sem medos e invejas desta nossa capacidade de combinar verdade cénica com artifício, que é no fundo esse nosso dom de criar, de ser co-autores, na forma, dos textos que representamos.
Permitam-me do alto dos meus 86 anos deixar-lhes um conselho: aproveitem e aprendam rapidamente, porque não tem muito tempo já. Aprendam que quando um povo se sacrifica pelo seu país, essa gente, é digna do maior respeito… porque quem não consegue respeitar, jamais será merecedor de respeito!
Ruy de Carvalho"


imagesCAWFBI9F.jpg
E DEPOIS O MACACO SOU EU


José Campos















sexta-feira, 29 de maio de 2015

Fernanda Serrano. Empresa de 500 euros recebe mais de 300 mil de fundos comunitários


Trata-se de uma empresa que presta serviços de consultoria de marketing estratégico. Fernanda Serrano e Pedro Miguel Ramos abriram uma empresa no Porto, em Maio de 2013, com um capital de 500 euros.Trata-se de uma empresa que presta serviços de consultoria de marketing estratégico. Para funcionar, a Padrão Alecrim apresentou um projecto aos fundos europeus com um investimento de cerca de 665 mil euros.De acordo com os dados do QREN, que o i consultou, 432 725 foi o valor considerado investimento elegível aprovado. No entanto, o valor do fundo comunitário aprovado é de 324 544 euros. Valor que será então recebido pela empresa.O i tentou sem sucesso contactar Pedro Miguel Ramos.
---------------------------------------------------------------------------------
Nota do bloguer
Sinceramente, não sei onde está a admiração, talvez explicada apenas pelo facto de a senhora ser uma figura que aparece em publico (porque figuras publicas somos todos nós e de que maneira então quando somos chamados a pagar a crise).
Ou andam com os olhos fechados, são ingénuos e não conhecem a realidade, para não saberem que, há bastantes anos, mesmo bastantes, uma grande maioria dos fundos comunitários são desviados para financiar tudo menos aquilo para que foram concedidos. Aliás o aparecimento de empresas deste tipo é como cogumelos, quando os quadros comunitários estão a iniciar. Depois lá vão andando até que, findos os fundos, a grande maioria delas desaparece. Nós temos pessoas no nosso governo que sabem muito bem que é assim, já lá andaram e já beneficiaram destes malabarismos, que não têm nada de especial porque, quem deveria controlar e fiscalizar ,nada faz, porque também beneficiam.
E é assim que ao longo de todos estes anos, agora uns, outrora outros, sempre foram "canalizando" para beneficio próprio (entenda-se das "empresas" nas quais exerciam).
Há empresas em Portugal que não vivem sem fundos comunitários e quando, ou se atrasam a abrir os respectivos programas, ou a fazer os reembolsos devidos, as mesmas entram logo em "crise" financeira, deixando logo de pagar salários e honorários, bem como outras obrigações fiscais e sociais.
Esta forma de "viver" já é velha, tão velha quanto a existência de quadros comunitários. Só é pena que não apareça um qualquer "Alexandre" e que meta uns vinte ou trinta na cadeia por "uso abusivo de fundos comunitários".


imagesCAWFBI9F.jpg
E DEPOIS O MACACO SOU EU

domingo, 26 de abril de 2015


QUEM DÁ MILHO A PORCOS....
Pois é, a zona agrícola do Alqueva bateu recordes mundiais de produtividade por hectare em oito categorias de produtos: Milho, beterraba, tomate, azeitona, melão, uva de mesa, brócolos e luzerna.

No caso de alguns destes produtos, na zona agrícola do Alqueva, a produtividade chega a ser três vezes superior à média do resto do mundo.

O jornal Expresso cruzou dados do INE, da FAO (Nações Unidas) a informações da EDIA - empresa que gere o regadio de Alqueva - e testemunhos de alguns produtores – as conclusões a que chegaram foram surpreendentes.

No Alqueva, produz-se uma média de 14 toneladas de milho por hectare contra às 5,5 toneladas a nível mundial; no que respeita ao tomate, no Alqueva produzem-se 100 toneladas e no resto do mundo 33,6; quanto às uvas de mesa são 30 toneladas que ficam bem acima das 9,6 toneladas a nível mundial.

Estas notícias sobre a produtividade do Alqueva já são mundialmente famosas e já existem investimentos na zona de várias nacionalidades diferentes: Marrocos, França, Itália, África do Sul, Itália, Escócia e a Espanha, claro, (E investidores portugueses? Só temos merceeiros? E qual a actuação do Ministério da Agricultura? Será que as mais valias terão de ir obrigatoriamente para a estranja?) que lidera os que mais investem no Alqueva.

Os produtos alentejanos do Alqueva têm qualidade e são vendidos a grandes multinacionais: grande parte da produção de cebolas vai para o MacDonalds e de amendoins para a PepsiCO.

Também em destaque, sobretudo na Grã-Bretanha e norte da Europa, tem estado as uvas sem grainhas.

A vantagem desta área alentejana, e que lhe providencia características únicas, deve-se, essencialmente a três causas: a terra é praticamente virgem, sem químicos e sem fungos (durante décadas só se plantaram cereais), há abundância de água nos meses mais quentes e tem uma larga exposição ao sol (com consequências nos processos de fotossíntese das plantas e influência directa no sabor e qualidade das mesmas).

O facto de as colheitas no Alqueva se anteciparem ao normal em duas a três semanas, é também um factor diferenciador face à concorrência e que atribui ao Alqueva uma clara vantagem, para mais não sendo produtos provenientes de estufas, como é o caso na maioria dos produtos espanhóis, com influência na qualidade e no preço.

 

NOTA
A actual maioria sempre se manifestou contra este empreendimento, chamando-lhe: Despesismo, "elefante branco", etc. Agora tem entre mãos um manancial de oportunidade agrícola como nunca sonhou . Não sabendo por ignorância, subserviência, incapacidade ou má fé, deposita nas mãos do capital estrangeiro esta riqueza nacional, impar ao nível mundial. É uma tristeza que confrange.




imagesCAWFBI9F.jpg
E DEPOIS O MACACO SOU EU


JOSÉ CAMPOS


sexta-feira, 24 de abril de 2015

quinta-feira, 23 de abril de 2015

NÃO, NÃO ESTOU VELHO!!!!!!
NÃO SOU É SUFICIENTEMENTE NOVO  PARA  JÁ SABER TUDO!
Passaram 40 anos de um sonho chamado Abril.
E lembro-me do texto de Jorge de Sena…. Não quero morrer sem ver a cor da liberdade.
Passaram quatro décadas e de súbito os portugueses ficam a saber, em espanto, que são responsáveis de uma crise e que a têm que pagar…. civilizadamente,  ordenadamente, no respeito  das regras da democracia, com manifestações próprias das democracias e greves a que têm direito, mas demonstrando sempre o seu elevado espírito cívico, no sofrer e ….calar.
Sou dos que acreditam na invenção desta crise.
Um “directório” algures  decidiu que as classes médias estavam a viver acima da média. E de repente verificou-se que todos os países estão a dever dinheiro uns aos outros…. a dívida soberana entrou no nosso vocabulário e invadiu o dia a dia.
Serviu para despedir, cortar salários, regalias/direitos do chamado Estado Social e o valor do trabalho foi diminuído, embora um nosso ministro tenha dito decerto por lapso, que “o trabalho liberta”, frase escrita no portão de entrada de Auschwitz.
Parece que  alguém anda à procura de uma solução que se espera não seja final.
Os homens nascem com direito à felicidade e não apenas à estrita e restrita sobrevivência.
Foi perante o espanto dos portugueses que os velhos ficaram com muito menos do seu contrato com o Estado  que se comprometia devolver o investimento de uma vida de trabalho. Mas, daqui a 20 anos isto resolve-se.
Agora, os velhos atónitos, repartem o dinheiro  entre os medicamentos e a comida.
E ainda tem que dar para ajudar os filhos e netos num exercício de gestão impossível.
A Igreja e tantas instituições de solidariedade fazem diariamente o milagre da multiplicação dos pães.
 Morrem mais velhos em solidão, dão por eles pelo cheiro, os passes sociais impedem-nos de  sair de casa,  suicidam-se mais pessoas, mata-se mais dentro de casa, maridos, mulheres e filhos mancham-se  de sangue , 5% dos sem abrigo têm cursos superiores, consta que há cursos superiores  de geração espontânea, mas 81.000  licenciados estão desempregados.
Milhares de alunos saem das universidades porque não têm como pagar as propinas, enquanto que muitos desistem de estudar para procurar trabalho.
Há 200.000 novos emigrantes, e o filme “Gaiola Dourada”  faz um milhão de espectadores.
Há terras do interior, sem centro de saúde, sem correios e sem finanças, e os festivais de verão estão cheios com bilhetes de centenas de euros.
Há carros topo de gama para sortear e auto-estradas desertas. Na televisão a gente vê gente a fazer sexo explícito e explicitamente a revelar histórias de vida que exaltam a boçalidade.
Há 50.000 trabalhadores rurais que abandonaram os campos, mas  há as grandes vitórias da venda de dívida pública a taxas muito mais altas do que outros países intervencionados.
Há romances de ajustes de contas entre políticos e ex-políticos, mas tudo vai acabar em bem...estar para ambas as partes.
Aumentam as mortes por problemas respiratórios consequência de carências alimentares e higiénicas, há enfermeiros a partir entre lágrimas para Inglaterra e Alemanha para ganharem muito mais do que 3 euros à hora, há o romance do senhor Hollande e o enredo do senhor Obama que tudo tem feito para que o SNS americano seja mesmo para todos os americanos. Também ele tem um sonho…
Há a privatização de empresas portuguesas altamente lucrativas e outras que virão a ser lucrativas. Se são e podem vir a ser, porque é que se vendem?
E há a saída à irlandesa quando eu preferia uma…à francesa.
Há muita gente a opinar, alguns escondidos com o rabo de fora.
E aprendemos neologismos como “inconseguimento” e “irrevogável” que quer dizer exactamente o contrário do que está escrito no dicionário.
Mas há os penalties escalpelizados na TV em câmara lenta, muito lenta e muito discutidos, e muita conversa, muita conversa e nós, distraídos.
E agora, já quase todos sabemos que existiu um pintor chamado Miró, nem que seja por via bancária. Surrealista…
Mas há os meninos que têm que ir à escola nas férias para ter pequeno- almoço e almoço.
E as mães que vão ao banco…. alimentar contra a fome , envergonhadamente , matar a fome dos seus meninos.
É por estes meninos com a esperança de dias melhores prometidos para daqui a 20 anos, pelos velhos sem mais 20 anos de esperança de vida e pelos quarentões com a desconfiança de que não mudarão de vida, que eu não quero morrer sem ver a cor de uma nova liberdade.

Júlio Isidro


sexta-feira, 10 de abril de 2015



O PAÍS DAS CUNHAS E DOS CUNHAIS...É UMA SEM VERGONHICE PEGADA.


Miguel Relvas, ex-ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares, terá pedido a António Figueiredo, antigo presidente do Instituto dos Registos e Notariado (IRN), uma certidão do registo criminal da mulher, Marta Sousa, com o objectivo de obter um visto. Motivo: ela precisava de ir a um casamento em Angola.

De acordo com o i, demorou apenas duas horas para que o pedido de Relvas fosse concretizado. Contactado pela mesma publicação, o ex-ministro adjunto afirmou que "precisava de um registo criminal para obter um visto. Só queria saber como podia fazer. É um procedimento automático. Não cometi crime nenhum".

Segundo o acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa, a que o diário teve acesso, Miguel Relvas terá ligado a António Figueiredo no dia 15 de Setembro de 2014 a solicitar o documento que permitia a viagem. Depois de pedir a certidão a uma funcionária, o então presidente do IRN enviou uma mensagem a Relvas: "Está a seguir. Onde quer que lhe entregue o original? Sábado tb vou para Angola. Fico lá uma semana com nin. Da Justiça. Se estiver por lá gostava de falar consigo. Abr!".

Após receber a mensagem, o ex-ministro ligou a Figueiredo a perguntar onde é que poderia ir buscar o original. Minutos depois envia uma mensagem ao ex-presidente do IRN com uma morada na Ajuda, em Lisboa. Um minuto depois, Figueiredo transmite à funcionária a morada e dois motoristas entregam o documento.

Outros dos beneficiados por António Figueiredo terão sido o futebolista David Luiz - que tinha deixado caducar a autorização de residência; e Marques Mendes que pediu a aquisição da nacionalidade da mulher de um empresário moçambicano e um documento sobre nacionalidade de uma cidadã brasileira.


imagesCAWFBI9F.jpg
E DEPOIS O MACACO SOU EU


José Campos

























sexta-feira, 3 de abril de 2015



AFINAL NÃO FOI INOCENTE A DEMISSÃO DESTE SENHOR.



Depois de na quinta-feira o jornal i ter noticiado que o Ministério Público encontrou indícios de que Miguel Macedo terá cometido o crime de prevaricação ao utilizar os vistos gold para beneficiar entidades privadas, amigos e conhecidos, hoje a mesma publicação avança com novos pormenores.  


Quando em novembro o juiz do Tribunal de Instrução, Carlos Alexandre, interrogou dois cidadãos chineses no âmbito da operação Labirinto, os dois suspeitos terão confessado que conheciam o então ministro da Administração Interna há vários anos. Também a então secretária de Estado do Ministério do Ambiente era conhecida dos suspeitos.
Explica o i que este conhecimento foi travado no escritório de advocacia do qual Miguel Macedo e Albertina Gonçalves eram sócios. Tudo porque os dois cidadãos chineses precisaram de apoio jurídico no âmbito de “matérias correlacionadas com restaurantes e lojas de artigos chineses”.
No acórdão consta a informação de que o ex-ministro da Administração Interna, o ex-presidente do Instituto dos Registos e Notariado (António Figueiredo), o empresário Jaime Gomes e o ex-diretor do SEF, Manuel Palos, foram apanhados em escutas telefónicas.
Dá conta o i que os investigadores descobriram que, a 5 de maio do ano passado, houve uma reunião entre Zhu Xiaodong (empresário), António Figueiredo, Jaime Gomes e Miguel Macedo.
Nesta reunião, pode ler-se no acórdão, terão ficado determinados “os termos e propósitos da criação de uma sociedade na China com vista à expansão do negócio”.
Miguel Macedo, que se demitiu do cargo de ministro assim que a ‘bomba rebentou’, recusou comentar ontem a polémica, afirmando apenas que aguarda resposta ao requerimento à Procuradora-Geral da República a pedir para ser ouvido






imagesCAWFBI9F.jpg
E DEPOIS O MACACO SOU EU


José Campos


































terça-feira, 31 de março de 2015

Um grande empresário português marca uma audiência com Passos Coelho, na Residência Oficial do Primeiro-Ministro.
Enquanto aguarda encontra  P. Portas que o recebe com muitos abraços.
Quando é recebido pelo Primeiro-Ministro sente falta da carteira e resolve abordar o assunto com o PM:
- Não sei como lhe hei-de dizer, Senhor Primeiro-Ministro, mas a minha carteira acabou de desaparecer!
E continuou:
- Tenho a certeza de que estava com ela ao entrar na sala de espera. Tive o cuidado de a guardar bem, após apresentar o BI ao segurança. Não quero fazer nenhuma insinuação mas a única pessoa com quem estive depois disso foi o Dr. P. Portas, que está aqui na sala ao lado.
O Primeiro-Ministro retira-se do gabinete. Pouco tempo depois regressa com a carteira na mão.
Reconhecendo a sua carteira, o empresário comenta:
- Espero não ter causad
o nenhum problema pessoal entre o Senhor Primeiro-Ministro e o Dr. P. Portas .
Ao que Passos Coelho  responde:
- Não se preocupe ! Ele nem percebeu !...




imagesCAWFBI9F.jpg
E DEPOIS O MACACO SOU EU


José Campos

segunda-feira, 2 de março de 2015

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015


ATÉ ONDE VAI A NOSSA LIBERDADE

Não era propósito meu falar sobre o assunto, mas não consegui ficar “parado” face a tantos e tantos comentários e tantas outras atitudes, de muitos que, de ânimo leve, se “habilitam” a comentar tudo e mais alguma coisa, que são os donos da verdade, e que não “admitem” que outros tenham opinião ou fé diferente.

Claro que não vou sequer, aqui e neste espaço, estar a debater seja do que for no que à religião que cada um professa ou não. A liberdade individual dá-nos o direito de escolher o “caminho” que mais condiz com as nossas convicções religiosas, sendo uma escolha individual, não imposta e de índole profundamente sagrada. Não há espaço nenhum para “criticar” a escolha de cada um, nem mesmo o “direito” de o fazer, de tão individual e íntima é essa escolha.

Assim sendo, reservo-me o direito de livremente professar a minha fé e a defesa dos valores que me regem e que defendo, bem como a obrigação de respeitar os outros, na sua diversidade religiosa e cultural. E se assim for, com “águas” bem definidas, a convivência entre todos é de certeza possível e pacífica.

Não me arrogo no “direito” de tecer qualquer crítica ou comentário à conduta do meu semelhante. É da sua própria escolha, desde que inserida numa prática pacífica e condizente com as regras da boa e sã convivência. Se assim for, há espaço para todos. Não há, nem deverá haver, qualquer animosidade face aos outros que, também sendo crentes, têm os seus valores e figuras, que seguem à sua maneira e dentro dos princípios da paz e do amor, afinal o que todos defendemos.

Agora, não consinto que, face a uma qualquer “posição” religiosa, se use a força das armas, os ataques assassinos, para a impor, por uma via imensamente reprovável, abominável e criticável. O uso da força não é aceitável por mais razões que tenhamos. O diálogo deve ser a “arma” para “combater” todas os “mal-entendidos” que careçam de discussão.

Respeitar as convicções dos outros é, respeitar tudo o que há volta dessa fé e dos seus símbolos diz respeito, não entrando em “desafios” que, em nome de certas liberdades, são praticados. Satirizar, ridicularizar símbolos que representam a nossa fé mais profunda, não é com certeza o melhor caminho para o entendimento, para a paz entre todos.

Claro que não me passa pela cabeça aprovar as reacções de “defesa” desses valores, que são usadas de forma tão cruel. Aliás são reprováveis a todos os títulos e em qualquer circunstância. Mas também não me agrada que, de forma mais ou menos “leviana” esses símbolos sejam “atacados” de forma tão grosseira, mesmo que seja apenas com o uso de um lápis.

Não às armas, não à intolerância, não aos fundamentalismos.

Sim à tolerância, sim à sã convivência, sim ao diálogo, sim ao entendimento.

Nunca recorreria ao uso da força, mas com certeza que não ficaria “contente” se a “minha” Nossa Senhora do Sameiro aparecesse num qualquer tablóide “desfigurada” da Sua beleza celestial, tal como a conheço e a venero.

Há limites, que não devem nunca, nem a coberto seja do que for, ser ultrapassados. Há limites, e um deles é o do bom senso.

 

José Campos

Confraria de Nossa Senhora do Sameiro

in ECOS DO SAMEIRO, Janeiro de 2015

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Antes de te pronunciares sobre os reformados, lê este texto para aprenderes. 
PARA AJUDAR A ESCLARECER:
 
1. Até 1974 NÃO EXISTIA a SEGURANÇA SOCIAL mas a PREVIDÊNCIA SOCIAL;
2. Fiz parte da 1ª e 2ª Comissões que em 1976/77 preparou a Reforma da Previdência criando a Segurança Social, o Centro Nacional de Pensões, os Centros Regionais das Segurança Social integrando-se nesses as caixas de Previdência;
3. A 2ª Comissão integrou, além de mim próprio, Maria de Belém Roseira, Leonor Guimarães, Fernando Maia e Madalena Martins;
4. NÃO HOUVE qualquer nacionalização e as próprias Casas do Povo e o regime dos rurais só em 1980 foram integradas na Segurança Social;
5. O ESTADO não tinha que meter dinheiro na Segurança Social pois o seu funcionamento foi e é assegurado pelas contribuições das entidades empregadoras e trabalhadores;
6. Outra coisa tem a ver com a CAIXA GERAL DE APOSENTAÇÕES pois a mesma foi financiada exclusivamente pelas contribuições dos agentes do Estado a quem os funcionários confiaram mês a mês os seus descontos igualzinho aquilo que acontece com a conta poupança que vai capitalizando ao longo do seu período de vigência;
  

Convém ler e reler para ficar a saber, pois isto é uma coisa que interessa a todos.....
Vale a pena ler, isto a ser verdade (parece que sim) agora sabemos porque não chega para todos....
A INSUSTENTABILIDADE DA SEGURANÇA SOCIAL
A Segurança Social nasceu da Fusão de praticamente todas as Caixas de Previdência existentes, feita pelos Governos , depois do 25 de Abril de 1974.
As Contribuições que entravam nessas Caixas eram das Empresas Privadas (23,75%) e dos seus Empregados (11%).
O Estado nunca lá pôs 1 centavo.
Nacionalizando aquilo que aos Privados pertencia, o Estado apropriou-se do que não era seu.
Com o muito, mas muito dinheiro que lá existia, o Estado passou a ser "mãos largas"!
Começou por atribuir Pensões a todos os Não Contributivos
Ao longo do tempo foi distribuindo Subsídios para tudo e para todos.
Como se tal não bastasse, o Governo  (1995/99) criou ainda outro subsídio (Rendimento Mínimo Garantido) em 1997, hoje chamado RSI.
E tudo isto, apenas e só, à custa dos Fundos existentes nas ex-Caixas de Previdência dos Privados.
Os Governos não criaram Rubricas específicas nos Orçamentos de Estado, para contemplar estas necessidades.
Optaram, isso sim, pelo "assalto" àqueles Fundos.
Cabe aqui recordar que os Governos do 
Salazar, também a esses Fundos várias vezes recorreram.
Só que de outra forma: pedia emprestado e sempre pagou. É a diferença entre o ditador e os democratas?
Em 1996/97 o  Governo  nomeou uma Comissão, com vários especialistas, entre os quais os Profs. Correia de Campos e Boaventura de Sousa Santos, que em 1998, publicam o "Livro Branco da Segurança Social".
Uma das conclusões, que para este efeito importa salientar, diz respeito ao Montante que o Estado já devia à Segurança Social, ex-Caixas de Previdência, dos Privados, pelos "saques" que foi fazendo desde 1975.
Pois, esse montante apurado até 31 de Dezembro de 1996 era já de 7.300 Milhões de Contos, na moeda de hoje, cerca de 36.500 Milhões ?.
De 1996 até hoje, os Governos continuaram a "sacar" e a dar benesses, a quem nunca para lá tinha contribuído, e tudo à custa dos Privados.
Faltará criar agora outra Comissão para elaborar o "Livro NEGRO da Segurança Social", para, de entre outras rubricas, se apurar também o montante actualizado, depois dos "saques" que continuaram de 1997 até hoje.
Mais, desde 2005 o próprio Estado admite Funcionários que descontam 11% para a Segurança Social e não para a CGA e ADSE (têm Contratos Individuais de Trabalho, tal as empresas privadas)
Então e o Estado desconta 23,75%, como qualquer Empresa Privada? Claro que não!...
Outra questão se pode colocar ainda.
Se desde 2005, os Funcionários que o Estado admite, descontam para a Segurança Social, como e até quando irá sobreviver a CGA e a ADSE?
Há poucos meses, um conhecido Economista, estimou que tal valor, incluindo juros nunca pagos pelo Estado, rondaria os 70.000 Milhões?!
Ou seja, pouco menos, do que o Empréstimo da Troika!...
Ainda há dias falando com um Advogado amigo, em Lisboa, ele me dizia que isto vai parar ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.
Há já um grupo de Juristas a movimentar-se nesse sentido.
A síntese que fiz, é para que os mais Jovens, que estão já a ser os mais penalizados com o desemprego, fiquem a saber o que se fez e faz também dos seus descontos e o quanto irão ser também prejudicados, quando chegar a altura de se reformarem!...
Falta falar da CGA dos funcionários públicos, assaltada por políticos sem escrúpulos que dela mamam reformas chorudas sem terem descontado e sem que o estado tenha reposto os fundos do saque dos últimos 20 anos.
Quem pretender fazer um estudo mais técnico e completo, poderá recorrer ao Google e ao INE.

SEM COMENTÁRIOS...mas com muita revolta....
Sabem que, na bancarrota do final do Século XIX que se seguiu ao ultimato Inglês de 1890, foram tomadas algumas medidas de redução das despesas que ainda não vi, nesta conjuntura, e que passo a citar:
A Casa Real reduziu as suas despesas em 20%; não vi a Presidência da República fazer algo de semelhante. Pelo contrário, só acessores, são 500 (tachos).
Os Deputados ficaram sem vencimentos e tinham apenas direito a utilizar gratuitamente os transportes públicos do Estado (na época comboios e navios); também não vi ainda nada de semelhante na actual conjuntura nem nas anteriores do Século XX.
SEM COMENTÁRIOS.
Aqui vai a razão pela qual os países do norte da Europa estão a ficar cansados de subsidiar os países do Sul.

Governo Português:

3 Governos (continente e ilhas)

333 deputados (continente e ilhas)

308 câmaras

4259 freguesias

1770 vereadores

30.000 carros

40.000(?) fundações e associações

500 assessores em Belém

1284 serviços e institutos públicos
Para a Assembleia da República Portuguesa ter um número de deputados "per capita" equivalentes à Alemanha, teria de reduzir o seu número em mais de 50%
O POVO PORTUGUÊS NÃO TEM CAPACIDADE PARA CRIAR RIQUEZA SUFICIENTE, PARA ALIMENTAR ESTA CORJA DE GATUNOS!
É POR ESTAS E POR OUTRAS QUE PORTUGAL É O PAÍS DA EUROPA EM QUE SIMULTANEAMENTE SE VERIFICAM OS SALÁRIOS MAIS ALTOS A NÍVEL DE GESTORES/ADMINISTRADORES E O SALÁRIO MÍNIMO MAIS BAIXO PARA OS HABITUAIS ESCRAVIZADOS. ISTO É ABOMINÁVEL!

E OS EXEMPLOS TIPO ACTUAL PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DA REPUBLICA QUE, COM 40 ANOS DE IDADE, JÁ TEM UM REFORMA ACIMA DOS 10 MIL EUROS !!!!!!
QUANTOS MAIS ESTÃO NESTAS CONDIÇÕES ????? MILHARES!!!

TUDO ISTO À CUSTA DOS NOSSOS IMPOSTOS E DO INQUALIFICÁVEL ROUBO DAS PENSÕES DE REFORMA E DAS APOSENTAÇÕES!!!

Agora faz o que te compete:
 
Divulga!!!!!!!



imagesCAWFBI9F.jpg

E DEPOIS O MACACO SOU EU


José Campos
ferreiracampos@sapo.PT
serafimcampos@gmail.com


ASSIM, NÃO. .. A continuar assim, muita gente vai deixar de ir ver o rali ao vivo e, eu sou, desde já, um deles. Não se pense que, ao lerem ...