sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

OLHA O NARIZ A CRESCER
 
 
 
 
 
E DEPOIS O MACACO SOU EU
 
José Campos
 
 
CRÓNICAS DE BEM DIZER-27 de DEZEMBRO DE 2013
Estamos a chegar ao fim de mais uma ano, mas que foi um ano deveras difícil para a grande maioria dos portugueses, principalmente os mais desfavorecidos.
Não vai deixar, de certeza, boas memórias em todos nós, pois à enorme carga de sacrifícios que nos foram impostos em nome da tão propalada crise, não correspondeu a tão necessária recuperação, ou seja, fizemos sacrifícios para nada.
E, vamos começar o novo ano sem grandes perspetivas, pois pelo que se sabe, vamos sair deste programa de ajustamento para de imediato entrarmos noutro, chamem-lhe o que quiserem, mas na verdade é disso que se trata. 
E assim vamos continuar had eternum, a aquilatar pelo que esses sinistros senhores, que de vez em quando aparecem por aí, nos vão dizendo, como que servindo, desde já e para que conste, que vamos continuar a ser consumidos com mais austeridade. 
E o nosso Governo, que serve apenas como aplicador das medidas que lá dos lados da Alemanha merkleniana nos chegam, continua a castigar os mais desfavorecidos e os que menos hipóteses têm de se defender.
Covardemente, é nos pensionistas, desempregados e trabalhadores mais precários que essas medidas são aplicadas implacavelmente, muitas vezes roçando a ilegalidade face ao que a nossa Constituição diz, e quando assim não é, outras ainda mais duras são aplicadas sem dó nem piedade.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não querendo dizer que é este governo de agora que tem toda a "culpa" do estado a que chegamos, a verdade é que, desde que andam por lá na governação do país, não temos evoluído nada, mas mesmo nada, rumo a uma melhoria do estado das coisas, pelo contrário, todos os indicadores estão cada vez mais distantes daquilo que seria crível para que se pudesse falar em recuperação. E, se mesmo assim alguns indicadores económicos vão dando sinais de recuperação, embora ténues, cujo o efeito ainda não é sentido, nem vai ser tão depressa, na vida dos portugueses, o que nos aflige de verdade é a constante falha nas previsões que vão fazendo, e a constante reformulação de metas face aos desaires nas previsões, dando-nos a perceção de que tudo é feito sem um plano rigoroso, à sorte e ao correr da maré, como se costuma dizer.
Mas o que mais me preocupa, para além dos sacrifícios que estamos a fazer, para nada, são as constantes contradições em que os nossos governantes vão entrando e a forma escondida como vão negociando o nosso futuro, sem darem a conhecer aos portugueses aquilo que vão acertando com os famigerados parceiros, que apenas pensam nos seus interesses, vendo na nossa situação, uma forma de ganharem muito, mas mesmo muito dinheiro.
E para agravar ainda mais a situação, o nosso governo enveredou, desde a primeira hora, por uma política de mentira, não dizendo a verdade aos portugueses, escondendo deliberadamente aquilo que se esta a passar, não se coibindo de mentir descaradamente, apenas e só para agradarem aos senhores da troika.
Na mensagem de Natal que o nosso Primeiro Ministro pomposamente veio dirigir aos país, anunciou um conjunto de indicadores que, segundo ele, apresentam melhorias significativas, nomeadamente a criação de emprego, que teria sido de 120000 novos empregos e a diminuição do emprego jovem.
Pois bem, hoje já desmentido, a criação de emprego não passou dos 22000 novos empregos e o desemprego jovem aumentou em 2,2% ao invés do que o senhor Primeiro Ministro pomposamente anunciou na sua mensagem de Natal.
Que belas prendas que nos veio dar, mas acima de tudo, a imagem de utilização constante da mentira é que não fica lá muito bem, em qualquer circunstância, mas principalmente numa mensagem de Natal.
    
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 E DEPOIS O MACACO SOU EU
 
 
 
José Campos
 
 

ASSIM, NÃO. .. A continuar assim, muita gente vai deixar de ir ver o rali ao vivo e, eu sou, desde já, um deles. Não se pense que, ao lerem ...