DEPOIS QUEIXAM-SE QUE SÃO MAL VISTOS
Hoje, dia 13 de Outubro de 2014, dirigi-me à Segurança Social de Braga para a apresentação quinzenal, como é de lei, para quem está a "disfrutar" do subsidio de desemprego.
Dirigi-me, como sempre, ao balcão, onde me foi dada a senha: N099 a atender pela mesa 8. Olhei para o placard e suspirei de alivio pois já estava a ser atendido o N098, pelo que o meu tempo de espera iria ser, na pior das hipóteses, de 3 minutos.
Para meu espanto, o utente que estava a ser atendido demorou mais do que o previsto (tudo bem, tinha perguntas a colocar à funcionária, nada de anormal). Entretanto verifiquei que estava já dentro da sala de atendimento e não na sala de espera como deveria ser, um cavalheiro com uma senha enrolada na mão direita e que, apresentando algum nervosismo, dirigiu-se de imediato à mesa 8, quando o utente N098 a abandonou. Esperei, pois pensei que era algo de breve que ele tinha ali a fazer, fora da sua vez, dado que o utente seguinte N099 era eu. Bem, passaram cerca de 7 minutos e como não havia forma de o cavalheiro acabar a sua "consulta" à funcionária, resolvi entrar e perguntar o número de senha que o senhor tinha, não fosse aparecer outro numero entre o N098 e o meu N099. Não tinha, como era de esperar. Fiquei revoltado e disse à funcionária que não se admitia tal tipo de atitudes, uma vez que, se há senhas, é para cada um ir na sua vez e não haver esta "xico-espertice" próprias dos portugueses. O homem afastou-se logo e a funcionária tratou de me atender, mas antes ainda fez o seguinte comentário " O senhor ainda só aqui está há cerca de 5 minutos e este senhor é um pobre diabo que só queria conversar um pouco". Fiquei boquiaberto com o comentário. Afinal estão lá para trabalhar ou para conversar um pouco com os pobres diabos que por lá aparecem?
Enfim, depois não se queixem de que são mal vistos.
José Campos