sexta-feira, 29 de novembro de 2013

CRÓNICAS DE BEM DIZER-29 DE NOVEMBRO DE 2013

ESTALEIROS NAVAIS DE VIANA DO CASTELO
Em Gdansk, na Polónia, também havia estaleiros navais e gente que lá trabalhava e que se sentia oprimida. Gente que tomou a iniciativa de lutar pela sua própria liberdade, contra um governo totalitário que, na altura, governava aquele país. E, parecendo poucos, fracos e sem qualquer hipótese de êxito, não desanimaram. Lançaram o seu movimento, foram crescendo, juntando muitos mais à sua causa (que passou a ser de todos) e, qual rio em tempo de cheia, cresceu de tal forma que, acabou por "alagar" os palácios onde o seu destino era definido de forma arbitrária.
Foram homens e mulheres que sempre acreditaram que a sua luta era justa, que em momento algum vacilaram naquilo que os movia, em que o medo do poder forte que os dominava, nunca os assombrou.
Avançaram convictos e com convicção de que os seus ideais eram justos, de que a sua luta por melhores condições de vida era inadiável e, imbuídos destes ideais, levaram a luta pela frente, chegando ao triunfo final.
Muito mudou após aqueles dias, até o regime. E não foi só lá, na Polónia. Foi em muitos outros locais, com condições semelhantes, onde o exemplo de Gdansk lhes deu força para, também eles, reivindicarem por melhores condições de trabalho e de vida. Assistiu-se a muitas mudanças, hoje solidificadas, onde se vive melhor, com mais liberdade e acima de tudo com mais qualidade. 
Em Portugal também há estaleiros navais; em Viana do Castelo.
Em Portugal também há quem queira que os trabalhadores não tenham melhores condições de vida.
Em Portugal também há quem oprima as pessoas e lhes retire o direito ao trabalho.
Mas em Portugal também há quem esteja disposto a seguir o exemplo de Gdansk.
São processos longos, muitas vezes penosos, mas na sua grande maioria vitoriosos.









E DEPOIS O MACACO SOU EU

José Campos
 
 
 

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

MAIS UM ILUMINADO DESTE PAÍS À BEIRA MAR PLANTADO (SÓ PARA RIMAR)
 
 
 
 
 
 
 
 
 E DEPOIS O MACACO SOU EU
 
José Campos
 


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

ONDE O FINANCIAMENTO (OU FALTA DELE) TEM EFEITOS CONTRÁRIOS

POIS É COMO DIZ EM RODAPÉ "IRLANDA ESTÁ A SAIR COM ÊXITO DO PROGRAMA DE FINANCIAMENTO" E ESTES TAMBÉM SAÍRAM COM ÊXITO DA CADEIA POR FALTA DE FINANCIAMENTO.


ASSIM VAI O BURGO












   E DEPOIS O MACACO SOU EU

José Campos

terça-feira, 19 de novembro de 2013

CARTA ABERTA A PEDRO PASSOS COELHO
FALEMOS SÉRIO!!!!
 
Pedro é o trato que usarei para me dirigir a ti, naquilo que há para falarmos sério. Porque sou veterana, apesar de ter consciência de que não somos amigos.
Não és meu amigo, como me trataste, hipocritamente e de forma quase insultuosa, na tua mensagem de Natal. Eu não sou tua amiga, porque não tenho como amigos quem me insulta, quem procura humilhar-me, que mente e me tira o que a mim me pertence. Amigos respeitam-se. E eu não me sinto respeitada por ti, Pedro.
E não sou hipócrita ao dizer frontalmente o que sinto, na pele daquilo que é hoje o meu estatuto: pensionista, reformada APÓS 49 ANOS DE TRABALHO. Mais anos do que aqueles que tens de vida, Pedro.
Falemos sério, Pedro. Porquê essa obstinada perseguição àqueles que construíram riqueza nacional ao longo de muitos anos de trabalho, enquanto tu, Pedro, crescias junto de pais que, creio, trabalhavam para tudo te darem, e que hoje não valorizas  como esforço enquanto cidadãos e enquanto pais?
Porquê essa perseguição obsessiva àqueles que construíram um país de verticalidade, de luta e resistência, enquanto caminhavas nas hostes dos boys de um partido disponível para compensar aqueles que gostam de “engrossar” a voz, mesmo que desrespeitando os que tudo fizeram pela conquista do espaço democrático, onde cresceste em liberdade? Uma liberdade conquistada, muito suada, e por isso ainda mais digna de ser respeitada.
Respeito, Pedro, é o que se exige por aqueles que hoje persegues, lesto e presto  sem sentido, como que procurando um extermínio que não ousas confessar.
Falemos sério, Pedro. É tempo de falares sério, apesar do descrédito em que caíste. E falemos sério sobre reformas, sobre pensionistas e sobre Segurança Social.
Não fales sobre o que desconheces. Não te precipites no que dizes.  Não sejas superficial, querendo parecer profundo apenas porque, autoritariamente, “engrossas” a voz. Não entregues temas tão complexos ao estudo de “garotos”, virgens no saber-fazer. Não entregues estudos a séniores que, vendendo a alma ao diabo, se prestam a criar cenários encomendados, para servirem os resultados que previamente lhes apresentaste, Pedro. E os resultados são, como podemos avaliar, desastrosos, Pedro. Económica e socialmente.
Vamos falar sério, Pedro. Não porque tu o queiras, mas porque eu não suporto mais a humilhação que sinto com as falsidades ardilosas lançadas para o ar, sobre matérias que preferes ignorar, porque nem sequer as estudas.
A raiva cresce dentro de mim, porque atinge a verticalidade e honestidade que sempre nortearam a minha vida, Pedro. Uma raiva que queima, se silenciada, E não me orgulho disso, podes crer Pedro.
Vamos por fases cronológicas que te aconselho a estudar:
a)   Pedro, por acaso sabes que o sistema que hoje se designa por “Segurança Social” deriva da nacionalização – pós 25 de Abril – das “Caixas de Previdência” sectoriais, que antes existia?
b)   Por acaso sabes, Pedro, que o Estado português recebeu, sem qualquer custo ou contrapartida, os fundos criados nestas Caixas de Previdência, a partir das contribuições dos trabalhadores e dos seus empregadores?
c)   Por acaso sabes que a Caixa Geral de Depósitos – Banco estatal de Valores e de credibilidade inquestionável – é, acrescidamente, património dos muitos reformados e pensionistas que hoje somos? É, Pedro, a CGD era o Banco obrigatório por onde passavam as contribuições destinadas às Caixas de Previdência, mas entregava a estas, as contribuições regulares, apenas 4, 5 e 6 meses depois. Financiando-se com estas contribuições e sem pagar juros às Caixas, Pedro?
Por isso sou contra qualquer alienação da CGeral. Também está lá muito de mim. Um muito que deveria estar na Segurança Social nacionalizada…para ser bem gerida.
 
d)   Sabes por acaso, Pedro, que o Estado Português nunca reembolsou a Segurança Social pela da capitalização que conseguiu com a “nacionalização” das Caixas, como o fez aos Banqueiros?
e)   Saberás, Pedro, que a “nacionalização” das Caixas de Previdência” se deve à necessária construção de um verdadeiro Estado Social,  para o qual, maioritariamente, é a Segurança Social que contribui, sem as devidas e indispensáveis contribuições do Estado? Um Estado Social criado de base a partir dos “dinheiros” pertença daqueles que hoje são reformados e pensionistas. E que por isso exigem respeito pelo seu contributo mas, igualmente, exigem sejam bem geridos, porque ao Estado foram confiados contratualmente. Para me serem reembolsados mais tarde.
 
E boa gestão, Pedro, é  coisa que não vejo na Segurança Social, sujeita a políticas de bastidores duvidosas e para as quais nunca fui consultada.  Acredita, Pedro, os reformados, pensionistas e aposentados, sabemos o que dizemos quando afirmamos tudo isto, porque ainda temos muita capacidade – suportada por uma grande e valiosa experiência – para sermos um verdadeiro governo de bastidores. Com mestria, com sabedoria, com isenção e sem subserviências.
f)    Por acaso sabes, Pedro, que a dívida do Estado à Segurança Social é superior à dívida externa, hoje nas mãos da chamada “troika”?
Pois é, Pedro, a dívida sob o comando da troika é de 78 mil milhões de Euros, é? A dívida à Segurança Social, aos milhões de contribuintes, muitos deles hoje reformados, é de 80 mil milhões de dívida. Valor que cresce diariamente, porque o Estado é um mau pagador. Uma dívida que põe em causa não só os créditos/reembolsos aos reformados e pensionistas, na forma contratada, mas igualmente as obrigações/compromissos intergeracionais.
Porque estás tão preocupado em “honrar” os compromissos com o exterior e não te preocupas em honrar os compromissos para com os credores internos que são, entre muitos, os aposentados, os reformados e os pensionistas, antes preferindo torná-los no “bombo de festins” de um governo descontrolado?
Falemos sério, Pedro. Reabilita-te com alguma honra, perante um programa eleitoral que te levou, precocemente, ao lugar que ocupas. Um lugar de representatividade democrática, que te obriga a respeitar os representados. Também os reformados, aposentados e pensionistas votam.
E falando sério, mas com muita raiva incontida, Pedro, vou dar-te o meu exemplo, apenas como exemplo de muitas centenas de milhar de casos idênticos.
a)   Trabalhei 49 anos. Fui trabalhadora-estudante. E sem Bolonhas e/ou créditos, licenciei-me com 16 valores, a pulso. Nunca fui trabalhadora e/ou estudante de segunda. E fui mãe, num pais em que, na época, só havia 1 mês de licença de maternidade e creches a partir dos dois anos de idade das crianças. Como foi duro, Pedro. E lutei, ontem como hoje, para a minha filha, a tua Laura, as tuas filhas e muitas mais jovens portuguesas, terem mais do que eu tive. A sociedade ganha com isso. O Estado Social também tem obrigações pela continuidade da sociedade, pela contínua renovação geracional. Lutei, Pedro, muito mesmo e sinto muita honra nisso como me sinto orgulhosa do que conquistou a minha geração.
b)   Fiz uma carreira profissional, também ela dura, também ela de luta, numa sociedade que convencionou dar supremacia aos homens. Um poder dado, não conquistado por mérito reconhecido, Pedro. Por isso tão lenta a caminhada pela “Igualdade”.
c)   Cheguei ao topo da carreira, mas comecei como praticante. Sem “ajudas”, sem “cunhas”, sem “padrinhos” e/ou ajuda de partidos. Apenas por mérito próprio, duplamente exigido por ser Mulher. Um caminho que muito me orgulha e me enformou de Valores, Honra e Verticalidade. Anonimamente, mas activa e participadamente.
d)   No final da minha carreira profissional, eu e os meus empregadores, a valores capitalizados na data em que me reformei, (há dois anos) tínhamos depositado nas mãos da Segurança Social cerca de 1 milhão de Euros.
Ah! É bom que se lembre que os empregadores entregam as suas contribuições para a conta do/a seu/sua funcionário/a. Não é para qualquer abutre esperto se apropriar dele. O modelo que Churchil idealizou – e protagonizou – após a 2ª guerra mundial. Uma compensação no desequilíbrio entre os rendimentos do Capital e os do Trabalho, e que foi adoptado em Portugal ainda antes do 25 de Abril.
Quase um milhão de Euros, Pedro. Só nos últimos 13 anos de trabalho foram entregues 200 mil Euros à Segurança Social, entre mim e o empregador.
A minha pensão vem daí, Pedro. De tudo o que, confiadamente, entreguei à gestão da Segurança Social, num contrato assinado com o Estado Português. E já fui abrangida pelo sistema misto. E já participei no factor da sustentabilidade, beneficiando o Estado Social.
e) Mas há mais, Pedro. A esse cerca de 1 milhão de Euros, à cabeça dos cálculos da minha pensão, retiraram  às minhas contribuições, à minha  “conta”, 20%, ou seja 200 mil Euros. Como contributo para o Estado Social. Para a satisfação do compromisso que devo para com as gerações seguintes. Para o Serviço Nacional de Saúde, para um melhor bem estar da sociedade portuguesa.
E o dinheiro que se encontra – em depósito – nas mãos do Estado português através da Segurança Social, é de cerca de 800 mil Euros. Que eu exijo bem gerido e intocável.
f) Valor que, conforme os meus indicadores familiares (melhores  que a  média das estatísticas) da esperança de vida (85 anos em média), daria para uma pensão anual de 40.000€ actualizada  anualmente pela capitalização dos meus fundos. É bom que          saibas que, sobre este valor, eu pagaria cerca de 16.000€ de IRS, fora os demais impostos. Mas, por artes de uma qualquer “engenharia financeira” nunca recebi nada disto.
Mas se aquele valor, que foi criado pelas contribuições de tantos anos de trabalho, estiver nas minhas mãos e sob a minha gestão, matéria em que fui profissional qualificada e com provas dadas, eu serei uma Mulher que poderá dormir descansada, porque serei  independente para mim e para ajudar filhos e netos, sem ter que acordar de noite angustiada.
É, Pedro, falemos sério e honra os compromissos que o Estado tem para comigo. Dá instruções ao Ministério da Solidariedade Social (?) para que me entregue o “meu dinheiro”. O MEU, Pedro!
E vou refazer contas:
a)   De modo frio, direi que o Estado tem que pôr à minha disposição os 100% de contribuições que lhe foram confiadas, ou seja, os cerca de 1 milhão de Euros.
b)   Arredondando, e muito por excesso, descontando os valores  de que já fui reembolsada, o Estado português deve-me 900.000€. É esta a verba que quero que o Estado português me pague, porque é este o valor de que sou credora.
c)   Gerindo eu esta verba podes crer, Pedro, que só com os rendimentos que obtenho da sua aplicação, e já depois de impostos pagos, terei mais do que o valor que tenho hoje como pensão. É simples, Pedro, e deixo de ser uma “pedra no sapato” dos governantes. Deixo de ser “um impecilho” na boca de “garotos” que não sabem o que dizem. E, de uma Mulher anónima com honra e verticalidade, que sou hoje, passo a ser uma Mulher rica, provavelmente colunável, protegida por todos os governantes, mesmo que a ética perca a sua verticalidade e a moral passe a ser podre.
Mas porque é tempo de falares sério, Pedro, fala aos portugueses a verdade sobre assuntos que nos interessa:
 - quanto é que o cidadão e político Pedro Passos Coelho já descontou para a Segurança Social e/ou ADSE?
- quanto receberias hoje de reforma se, conforme as excepções de privilégio na lei, te reformasses?
- quanto descontam os deputados e demais políticos para a Segurança Social ou ADSE?
- qual o montante de reforma a que têm acesso, privilegiadamente, e ao fim de quantos anos de exercício da política, independentemente da sua idade?
- Quem, e quanto recebem de reforma vitalícia, ex-governantes e outras figuras políticas, só pelo exercício de alguns anos em cargos  públicos?
- qual o sistema de Segurança Social que suporta estas reformas  e a quem pertence esse dinheiro? São os OE’S que o suportam, ou são os “dinheiros” daqueles que contribuíram e/ou contribuem para o Sistema?
- sendo o Estado uma entidade empregadora, qual o valor da sua contribuição (%) para a ADSE ou Segurança Social, por trabalhador? E as contas, estão regularizadas?
Falemos sério, Pedro! Os reformados exigem a verdade mas, igualmente, exigem respeito, por nós e pelo nosso dinheiro que, abusivamente, vai alimentando o despesismo de um Estado que vive de mordomias elitistas, acima das capacidades do país. Isso sim, Pedro!!!!!!!!
A reformada,

M. Conceição Batista
 
Lx. 19/01/2013
PS – Aguardo que me seja entregue o meu dinheiro, conforme mencionei atrás. Tenho vida a organizar
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E DEPOIS O MACACO SOU EU
 
José Campos
 
 

sábado, 16 de novembro de 2013

CRÓNICAS DE BEM DIZER-16 de Novembro de 2013
 
Quem vier a seguir que tire a MERDA

Afinal, nós que tudo queremos, que reclamamos diariamente contra as tropelias que este e os outros governos anteriores nos andaram e andam a fazer, nós que queremos um país culto, civilizado, que queremos mais educação, mais saúde, mais de tudo e com razão, não somos capazes de cumprir uma "tarefa" básica que é sermos cidadãos de corpo inteiro. Olhamos muito para o lado, para o que os outros fazem e dizem, mas não somos capazes de olhar para um espelho e vermo-nos retratado nele.
Esta sexta-feira, ao dar um pequeno passeio de bicicleta pela nova ciclovia em Braga, deparo-me a espaços, cada vez mais frequentes, com presentes, como o que vemos na foto. Ora meus senhores e senhoras, passeantes de cãezinhos e cadelinhas, que também têm direito a por lá passear (quer os donos quer os estimáveis animais), não custa nada levar um saquinho de plástico (que é o que a lei manda e o bom senso aconselha) e levantar o presente que os adoráveis bichinhos vão deixando pela pista fora.
Agora deixar a MERDA para que outros a pisem não é solução, para além de, a breve trecho, transformarmos um espaço que até é agradável, num local de porcaria e sujidade. Levem os cãezinhos, têm todo o direito, mas não se esqueçam de deixar os presentes no caixote do lixo.
A isto chama-se CIDADANIA.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E DEPOIS O PORCO SOU EU
 
José Campos
 

segunda-feira, 11 de novembro de 2013


QUANDO ESTAR CALADO ERA MELHOR
 
Infelizmente é esta gente que nos (des)governa. Cada cavadela sua minhoca. Não é digno de ter aquela bandeira ao lado ou melhor não é digno de estar ao lado daquela bandeira.
 
NÃO BASTA TER NOME...É PRECISO SABER USÁ-LO


E DEPOIS O MACACO SOU EU

José Campos

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

QUE TRISTE FIGURA...OU QUE FIGURA TRISTE
 
Digam-me em que circo é que estes dois trabalham...quero ir ver. Só de olhar para a foto dá-me logo vontade de rir.
 
 
 
 
 
 
 
 
É pá que macacada.
Eu consigo ser mais bonito.
 
José Campos
 
 
 


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

PORTO...O MAR...O RIO...O NEVOEIRO

http://youtu.be/A0mGCVRIRCI

ESTAVA BRAVO O MAR E  FRIO E CHUVA
MAS GOSTEI.


José Campos
 
CRÓNICAS DE BEM DIZER-01 DE NOVEMBRO DE 2013

Bem, hoje vou correr o risco de ganhar um conjunto ilimitado de inimigos, principalmente da cidade berço, mas porventura outros e, de igual modo numerosos, estarão concerteza do meu lado; os viseenses dos quais eu me orgulho pertencer, pois sou nado na cidade de Viriato.
Embora não sendo monárquico, tenho especial apreço pela nossa história, não a mais recente, pois é desastrosa, mas aquela em que a monarquia era o regime dominante. E em especial, por D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal.
Já estive para escrever sobre este tema, mas como ele é sensível, tenho andado a adiar este meu "desabafo". Mas agora sim, vai ser, quer se goste ou não, tenho de o dizer, caso não ficarei bem comigo mesmo, nem com a minha cidade: Viseu.
Chegou-me ontem às mãos um livro escrito por José Mattoso, insigne autoridade na matéria - história - e que é precisamente dedicado a D. Afonso Henriques. Avidamente "atirei-me" ao livro e li, com sofreguidão, as primeiras páginas. Surpresa minha, nelas se volta a falar, da hipótese, cada vez mais certeza, de que o nosso primeiro rei tenha nascido em Viseu.
Já em 1990 (e esta foi a última vez que se falou publicamente do assunto) tinha sido levantada a hipótese de que D. Afonso Henriques tenha nascido em Coimbra, o que na altura levantou grande contestação por terras vimaranenses e na sequência de um artigo publicado pelas Seleções do Reader's Digest, onde o autor do mesmo, o Catedrático em Coimbra, Professor Torquato de Sousa Soares, levantava a hipótese, muito forte, de que essa tenha realmente sido a localidade  de nascimento, por volta de 1109, do nosso rei Afonso, o Primeiro.  
Ora este artigo e toda a controvérsia a ele associada, levou a que outros historiadores se debruçassem sobre o assunto e, após longos anos de estudo de documentos datados à época e outras fontes consultadas para o efeito, o investigador A. de Almeida Fernandes vem defender a tese de que D. Afonso Henriques tenha "indubitavelmente" nascido em Viseu por meados de Agosto do ano de 1109.
E como se chega a esta conclusão, ainda que não definitiva?
Sabe-se hoje que, a cidade beirã foi, desde longa data, "residência" de muitos nobres ( o rei Ramiro II terá aí vivido entre 924 e 929), tendo D. Teresa, mãe de Afonso Henriques, aí passado, por muitas vezes, longas temporadas, em companhia daqueles que a apoiavam, nomeadamente os nobres de Sul do Douro, como eram conhecidos.
E é nesta sequência de factos estudados, que se chega à conclusão (não definitiva), com recurso a documentos autênticos e por ela outorgados, de que, na verdade, nesse ano de 1109, a mesma terá passado a maior parte do ano na cidade de Viriato, onde viria a dar à luz um menino a quem chamaram de Afonso e que mais tarde viria a ser D. Afonso Henriques, Primeiro Rei de Portugal.
A assim ser e, sem alterar o berço da nação, esse sim em Guimarães, também nos cabe a nós, beirões em geral e viseenses em particular, partilhar deste orgulho na nossa história, fazendo parte integrante e íntima dela, desde o início da nossa nacionalidade e prolongada por muitos séculos adiante.
 
  
    
 
        
 
 
 
E DEPOIS O MACACO SOU
 
José Campos
 

ASSIM, NÃO. .. A continuar assim, muita gente vai deixar de ir ver o rali ao vivo e, eu sou, desde já, um deles. Não se pense que, ao lerem ...