sexta-feira, 24 de agosto de 2012


CRÓNICAS DE BEM DIZER-24 de Agosto de 2012

Olá meus amigos, estou de volta.
Neste pequeno interregno, tive oportunidade de colocar a minha leitura em dia (embora isso nunca se consiga, tanto há para ler). Mas enfim, lá consegui desfolhar algumas centenas de páginas de livros que estavan na fila de espera para serem lidos.
E é, de um desses livros, que vos quero falar hoje.
Denis Avey
Denis Avey não vos dirá nada, provávelmente, como a mim também não, antes de ler este livro.
Denis Avey foi um dos muitos milhares de soldados britânicos que lutaram durante a 2ª Grande Guerra em terras de África. Capturado pelos alemães, foi levado para o Egipto, depois Grécia, acabando por ir parar a Auschwitz, na Polónia, então ocupada pelos nazis.
Conseguindo sobreviver aos mais horriveis sofrimentos, acabou por fugir e chegar a Inglaterra já no declinar da guerra. Porém, muitos colegas seus, mas principalmente judeus do campo de concentração, não tiveram a mesma "sorte" e acabaram por lá os seus dias, depois de terem sido vitimas dos mais hediondos crimes.
Auchwitz
Denis Avey manteve durante mais de seis décadas um silêncio total sobre o seu "percurso" durante a guerra, conseguindo, finalmente, passado todo este tempo, falar sobre o que viu, ouviu e passou neste inferno de Auchwitz.
No livro "A Última Testemunha de Auchwitz" dá-nos a conhecer, na primeira pessoa, os horrores vividos durante aqueles longos quatro anos.
Auchwitz
De fácil leitura e linguagem acessivel, aconselho a leitura deste livro, quanto mais não seja para relembrarmos aqueles que foram barbaramente agredidos e mortos durante este periodo negro da história recente da Humanidade.
Mas não queria deixar de lembrar que, nos dias de hoje, estão-se a cometer crimes semelhantes e as grandes potências estão impávidas e serenas a assistir aos massacres de populações indefesas. Basta lembrar a Síria e não precisamos de mais exemplos.
 
José Campos
 
 
JÁ TENHO LICENCIATURA...E A SAGA CONTINUA
 
Já tenho licenciatura
Agora sou um doutor,
Tenho montes de cultura
Vou ser Ministro? se fôr?
Inscrevi-me ao fim do dia
Naquela universidade
Dos diplomas de inverdade
P'ra testar o que sabia;
Já de manhã, mal se via,
De maneira prematura
Eu fiz muito má figura
Mas mesmo sem saber nada
Formei-me na Tabuada
Já tenho licenciatura!
Dei cem erros no ditado
E agora o mais curioso:
Por estar muito nervoso
Á recta chamei quadrado!
Quando me foi perguntado
Se conhecia o Reitor
Respondi que não senhor
Embora fosse meu tio!
Disse mentiras a fio
Agora sou um doutor!
Com mesquinhez e com tudo
Puxei das equivalências
Juntei outras mil valências
Deram-me mais um canudo;
Com diplomas e com tudo
Era fácil a leitura:
Deixei de ser um pendura
Sou político afamado
Sou falado em todo o lado
Tenho montes de cultura
Já sou Mestre em Corrupção
A todos sei enganar
Habituei-me a roubar
Tirei curso de ladrão;
E agora, queiram ou não,
Mesmo sem nenhum valor
Eu falo que é um primor
Na Assembleia sentado
Para já sou deputado,
Vou ser Ministro? se fôr?
 
José Campos
 

ASSIM, NÃO. .. A continuar assim, muita gente vai deixar de ir ver o rali ao vivo e, eu sou, desde já, um deles. Não se pense que, ao lerem ...