quinta-feira, 25 de junho de 2020

AO SENHOR PRESIDENTE DA ARS NORTE
(OU A QUEM DE DIREITO)

Sou utente do Centro de Saúde do Carandá em Braga, beneficiário de médico de família e sou portador de doença crónica, a qual me coloca nos chamados "doentes de risco", face a esta pandemia que por aí grassa.
CENTRO DE SAÚDE DO CARANDÁ
No, já longínquo, dia 17 de Março de 2020, tinha consulta marcada para as 8,15 horas, sendo que me apresentei, bem antes, à mesma. O tempo começou a passar e, os já muitos utentes, que se encontravam, numa já farta fila, começam a ter sintomas de "ansiedade", uma vez que, não chamavam ninguém para consulta.
A certa altura apareceu à porta, um cavalheiro, com fracos modos, a anunciar que não iriam haver consultas "estamos a preparar as instalações para receber eventuais infectados com Covid 19".
Estávamos no início daquela fase, em que, diariamente, apareciam novos infectados e, começaram a surgir noticias das primeiras mortes. Até aqui nada a obstar. Antes de me retirar, pedi para falar com a minha médica, o que não foi possível, vindo a ser informado por um cavalheiro (que se intitulou director do centro de saúde) de que "hoje não vamos atender ninguém. Daqui a dois ou três dias, voltaremos a remarcar as consultas e será avisado de tal".
Pois bem, hoje é dia 25 de Junho de 2020, já passaram mais de 100 dias, e contacto, nada. Será que agora só há doentes Covid 19 e nada mais? Será que estamos todos curados de outras maleitas? Será que a diabetes, agora, já não é perigosa e provocadora de outras doenças? Será que a minha médica, que antes, era tão insistente a lembrar-me que tinha de ir à consulta, pelo menos, duas ou três vezes por ano, já se esqueceu de mim e de outros na minha situação?
Pronto, fica aqui o desabafo, na esperança de que algo mude nesta complicada situação, e que as coisas voltem ao normal, para que, os que felizmente, não foram infectados, tenham também, acesso aos cuidados médicos.
Espero que me oiçam (leiam) e comecem a pensar nos outros (em nós). Ficaria(mos) muito agradecido(s).

E DEPOIS O MACACO SOU EU!

  
  




José Campos
@2020.06.25

domingo, 14 de junho de 2020

POSTAIS DA CIDADE AO 
SENHOR PRESIDENTE DA JUNTA DE MERELIM

(OU A QUEM DE DIREITO)

Na minha passagem pelo ensino, costumava contar, aos meus alunos, uma história, relacionada com a eficiência, a eficácia, a gestão de tempos, organização e métodos, entre outros, temas que eram abordados, num capitulo, de um módulo de Gestão e Organização de Empresas. Então rezava assim.
"Numa obra, na cidade de Düsseldorf, na Alemanha, ao chegar a pausa do meio dia, os trabalhadores dirigiram-se ao espaço destinado a refeitório, para comerem e descansarem um pouco. Um português, o Manel, ao chegar junto à sua cadeira, verificou que a mesma tinha duas pernas partidas. Não teve problema. Foi buscar quatro tijolos, colocou dois de cada lado, pegou na cadeira, colocou-a sobre os tijolos, sentou-se e comeu descansado e bem sentado. Por sua vez, o Jurgen, trabalhador na mesma obra, quando chegou ao mesmo local para comer, constatou que a sua cadeira, também tinha duas pernas partidas. Calmamente, comeu, em pé, sem se preocupar com a cadeira.
No dia seguinte, a cadeira do Jurgen estava consertada, a do Manel, ainda hoje, está assente nos tijolos".
Vem isto a propósito de uma "visão" que tive, um destes dias, ao passear junto ao Cávado, na chamada Ecovia do Cávado e que liga Merelim a Ruães. 
A dada altura, há um pequeno regato, que vem ali deixar o seu contributo para um rio maior, atravessa a ecovia, onde foi construída, em madeira, uma pequena ponte (ver fotos). Já há mais de dois anos, ao passar por lá (é um local onde gosto de andar de bicicleta, muito bonito, sempre colado ao rio Cávado), tinha constatado que, algumas das tábuas que constituem o tabuleiro, estavam a ameaçar ruptura, tendo na altura, pedido ao senhor que explora o bar na praia de Merelim, que desse nota na junta, para que fossem consertar a ponte. Afiançou-me que o tinha feito. 
Pois bem, passado todo este tempo, ninguém ligou patavina e, a ponte, neste momento, está como a foto demonstra. Numa altura em que aquele espaço é mais procurado, pela frescura e beleza, propicio a passeios à beira rio, somos confrontados com a duvida em atravessar a pequena ponte, devido ao elevado estado de degradação em que se encontra.
Francamente, não sei como é que se pode ser tão "descuidado". Afinal querem visitantes, e oferecem-lhes estas condições.
Fez-me lembrar a cadeira do Manel.      

E DEPOIS O MACACO SOU EU!







José Campos
@2020.06.14

ASSIM, NÃO. .. A continuar assim, muita gente vai deixar de ir ver o rali ao vivo e, eu sou, desde já, um deles. Não se pense que, ao lerem ...