QUEM DÁ MILHO A PORCOS....
Pois é, a zona agrícola do Alqueva bateu recordes
mundiais de produtividade por hectare em oito categorias de produtos: Milho,
beterraba, tomate, azeitona, melão, uva de mesa, brócolos e luzerna.
No caso de alguns destes produtos, na zona agrícola do
Alqueva, a produtividade chega a ser três vezes superior à média do resto do
mundo.
O jornal Expresso cruzou dados do INE, da FAO (Nações
Unidas) a informações da EDIA - empresa que gere o regadio de Alqueva - e
testemunhos de alguns produtores – as conclusões a que chegaram foram
surpreendentes.
No Alqueva, produz-se uma média de 14 toneladas de milho por
hectare contra às 5,5 toneladas a nível mundial; no que respeita ao tomate, no Alqueva produzem-se 100
toneladas e no resto do mundo 33,6; quanto às uvas de mesa são 30 toneladas que ficam bem acima
das 9,6 toneladas a nível mundial.
Estas notícias sobre a
produtividade do Alqueva já são mundialmente famosas e já existem investimentos
na zona de várias nacionalidades diferentes: Marrocos, França, Itália, África
do Sul, Itália, Escócia e a Espanha, claro, (E investidores portugueses? Só
temos merceeiros? E qual a actuação do Ministério da Agricultura? Será que as
mais valias terão de ir obrigatoriamente para a estranja?) que lidera os que
mais investem no Alqueva.
Os produtos alentejanos do
Alqueva têm qualidade e são vendidos a grandes multinacionais: grande parte da
produção de cebolas vai para o MacDonalds e de amendoins para a PepsiCO.
Também em destaque, sobretudo na
Grã-Bretanha e norte da Europa, tem estado as uvas sem grainhas.
A vantagem desta área alentejana,
e que lhe providencia características únicas, deve-se, essencialmente a três
causas: a terra é praticamente virgem, sem químicos e sem fungos (durante
décadas só se plantaram cereais), há abundância de água nos meses mais quentes
e tem uma larga exposição ao sol (com consequências nos processos de
fotossíntese das plantas e influência directa no sabor e qualidade das mesmas).
O facto de as colheitas no
Alqueva se anteciparem ao normal em duas a três semanas, é também um factor
diferenciador face à concorrência e que atribui ao Alqueva uma clara vantagem,
para mais não sendo produtos provenientes de estufas, como é o caso na maioria
dos produtos espanhóis, com influência na qualidade e no preço.
NOTA
A actual maioria sempre se manifestou contra
este empreendimento, chamando-lhe: Despesismo, "elefante branco",
etc. Agora tem entre mãos um manancial de oportunidade agrícola como nunca
sonhou . Não sabendo por ignorância, subserviência, incapacidade ou má fé,
deposita nas mãos do capital estrangeiro esta riqueza nacional, impar ao nível
mundial. É uma tristeza que confrange.E DEPOIS O MACACO SOU EU
JOSÉ CAMPOS