sábado, 17 de novembro de 2018

NÃO HÁ QUE TER MEDO!

Em todas as profissões, em todos os quadrantes da vida, encontramos pessoas mais simpáticas e menos simpáticas, mais preparadas e menos preparadas, mais vaidosas e menos vaidosas, enfim, cada um é como é, e temos de respeitar. 
Mas respeitar é uma coisa e, aturar maus feitios é outra. E para isso não contem comigo.
Recentemente tive de me deslocar ao Hospital de Braga para uma consulta, pedida, já à muito tempo, pela minha médica de família e que, finalmente, ao fim de quase dois anos, lá fui chamado. Apresentei-me bem antes da hora prevista e, pasme-se, fui atendido pelo médico, bem antes da hora que estava estipulada. Pensei cá para comigo "bem isto hoje está a correr bem. É raríssimo sermos atendidos antes da hora, pelo contrário". E foi, com este pensamento positivo, que entrei no consultório.
Após os habituais "cumprimentos" iniciais da praxe, nestas circunstâncias, deu-se inicio à consulta propriamente dita. 
À pergunta que me foi feita "Então o que o traz por aqui?" lá respondi e aduzi das razões que me levaram até esta consulta, nomeadamente "um problema que tive na perna esquerda". Apressando, a "ordem" do médico, a explanação da minha história clínica, o que me tinha sido pedido por ele mesmo, sou interpelado, com a seguinte questão "E posso ver a sua perna?" ao que eu respondi "claro o senhor é que é o técnico". Ó palavras proferidas, ó raios e coriscos e demónios que eu soltei. Num impulso frenético, levanta-se e, dirigindo-se-me, em tom vigoroso, diz-me "Eu não sou técnico, eu sou médico, eu sou doutor". Apressei-me em pedir-lhe, as mais humildes desculpas, mas "continuo sem perceber, a reacção do senhor e, porque motivo está tão ofendido". O clima ficou "cinzento e pesado", a consulta prosseguiu, fui fazer um exame complementar de diagnóstico e, quando este foi entregue, chamou-me novamente para me dar nota dos resultados do exame que havia feito e as indicações a perseguir para conviver com este problema. 
Despedi-me, reiterando o pedido de desculpas, ainda sem saber a causa de tamanha irritação. Ou melhor, eu percebi logo, não quero é acreditar que o senhor, fez tamanho "filme", só porque eu lhe chamei "técnico" e não "senhor Doutor". 
Mas afinal, ele não é um técnico, de saúde, creio eu, como um professor, é um técnico de educação?! Enfim!
Peguei na carta que o "Senhor Doutor" me entregou para depois dar a ler, à minha médica de família e, aqui sim, fui eu que "me virei do avesso". Teve, o descaramento, de escrever, no relatório "Doente com discurso agressivo durante toda a consulta, claramente provocador em cada diálogo". Mas não teve coragem de escrever no relatório, que a consulta foi interrompida, pelo "Senhor Doutor", durante largos minutos, para atender o telefone e descartar, pelo que percebi, um pedido, para passar alguém, do fundo da lista de "candidatos a cirurgia", para um lugar mais cimeiro. 
Andei o "moer" este episódio, durante algumas semanas, perguntando-me se, devia ou não escrever e denunciar este tipo de comportamentos (infelizmente frequentes). Decidi que sim. Não há que ter medo, quando se tem a consciência tranquila.
Devo dizer que, já escrevi, uma vez, para a ARS de Braga, a elogiar uma médica, que me atendeu, como eu nunca tinha visto, de forma exemplar. 

E DEPOIS O MACACO SOU EU!







José Campos
@2018.11.17

ASSIM, NÃO. .. A continuar assim, muita gente vai deixar de ir ver o rali ao vivo e, eu sou, desde já, um deles. Não se pense que, ao lerem ...