sexta-feira, 18 de novembro de 2022

 AS "EXCENTRICIDADES" DA NOSSA CIDADE

Por estes dias, quem passava na Av Central, junto ao coreto, deparava-se com este cenário. Apesar de, na altura em que fiz as fotos, chovesse copiosamente, a roupa lá estava, estendida, à espera dos raios de sol, que a haveriam de secar, e que, nesse dia, não apareceram.

Coreto da Av. Central em Braga

Fiquei surpreso! Pensei que tivessem alugado o lugar e sido transformado em habitação. Mas não. Algo estava errado e não batia certo, até que, descendo as escadas, estava um dos "moradores". Depressa compreendi, até porque esse senhor, é meu conhecido, não por boas causas ou razões, mas, na verdade, já nos cruzamos.

Ao que chegou esta gente infeliz. As drogas e o álcool, misturados com falta de trabalho ou, até, por falta de vontade de trabalhar, levaram a este viver, se é que assim se pode chamar, na verdade.

Mas o que mais me indigna, não é a roupa estendida, desta forma, em pleno centro da cidade, e que dá mau aspeto e choca, a quem passa, por tanta miséria humana, se poder ver, ali retratada. O que mais me indigna é que, alguns, muito poucos, constroem colossais fortunas, à conta dos tráficos de estupefacientes, lançando para a indigência, milhares e milhares de pessoas, por esse mundo fora. Quantas vidas foram destruídas, quantos sonhos foram apagados, quantas famílias se desagregaram, por causas diretas, com este martírio das drogas? Certamente, milhões. 

Coreto da Av. Central em Braga
Às autoridades locais, neste caso, de Braga, cabe dar apoio a esta gente e, tirá-la da exposição publica a que se encontra sujeita. Manter aquele local, nas devidas condições de sanidade e salubridade, é também de sua obrigação, tratando-se, mais a mais, de um lugar de fruição publica.

Quanto às gentes, é preciso recuperá-los e, se possível, dar-lhes uma nova vida, plena de significado e dignidade. 

Todo o ser humano, merece este nosso esforço. Não vale assobiar para o lado. À nossa porta e, muitas vezes, dentro da nossa própria casa, sentimos estas tragédias. Por conseguinte, todos, somos poucos, para lutar, contra este flagelo, dos anos modernos.


E DEPOIS O MACACO SOU EU



    


José Campos

@2022.11.18


ASSIM, NÃO. .. A continuar assim, muita gente vai deixar de ir ver o rali ao vivo e, eu sou, desde já, um deles. Não se pense que, ao lerem ...