sexta-feira, 25 de novembro de 2022


OS RECORDES, OS COMENTADORES, OS RECORDISTAS, AS ESTATISTICAS E A OUTRA FORMA DE AS LER.
 

Nos tempos que passam, talvez pelo excesso de meios televisivos a emitir e, com um exagerado numero de programas dedicados ao futebol, há que deitar mão a tudo o que possa preencher tempo de antena e, assim estarem, uma, duas ou mais horas a falar, do mesmo e, sempre o mesmo. 

E, uma das principais "ocupações" dos "doutorados" em bola, é a aberrante e fastidiosa abordagem, aos recordes e mais recordes, diariamente alcançados, por este ou aquele, que marcou mais, que defendeu menos, que jogou bem ou jogou mal.

Pudera, há que defender, com unhas e dentes, uma "gamela" que rende milhões a quem por lá anda. E não se olha a meios para atingir os fins. Que o diga a entidade coordenadora mundial que deve ter enchido os bolsos, e bem, com estas atribuições organizativas a países podres de ricos, mas pobres de espírito.   

Pois bem, assim sendo, as estatísticas aí estão e não negam os "feitos gloriosos" na "arte" de pontapear, uma indefesa bola.

E, porque é possível sem desvirtuar o que elas, as estatísticas, nos dizem, podemos dar-lhe a leitura que entendermos.

Apenas a titulo de exemplo: neste momento, só há cinco jogadores no mundo, que participaram em cinco fases finais do mundial de futebol, sendo que, apenas um deles, foi campeão do mundo (para já, pois há dois ainda no ativo e que podem ser campeões este ano). Aurelio Carbajal e Rafael Marquez do México, Leonel Messi da Argentina, Cristiano Ronaldo de Portugal e Lothar Mattaus da Alemanha e único "medalhado" até agora. 

Daí, podemos inferir que, tanto Messi como Ronaldo (caso não vençam este ano) vão precisar de, pelo menos, seis presenças em fases finais do mundial, para serem campeões, o que, na verdade, é um recorde. Provavelmente, nem um, nem o outro o conseguirão bater.

Esta é a minha leitura. E penso não estar desvirtuada.

   E DEPOIS O MACACO SOU EU




   


José Campos

@2022.11.25



sábado, 19 de novembro de 2022

NÃO ME SINTO REPRESENTADO...

Ao longo destes últimos dez anos, não vi, nem ouvi, ninguém, a insurgir-se, contra aquele país que, a troco de muito dinheiro, ganhou o "direito" de organização, deste torneio de bola, que amanhã, irá ter o seu início, lá pelos orientes médios.

Agora, lamento profundamente que, em vésperas do arranque e, quando já tudo está consumado, venham criticar, os abusos (que sempre houve por lá) e atropelos aos direitos humanos. 

Tiveram muito tempo para tomar uma atitude, mas não vejo ninguém, um país, uma federação, uma seleção, um único jogador que seja, a recusar-se  ir até tão "bárbaro" país. E marcar, isso sim, com a sua ausência, uma posição de força, para além de nobre. 

E como se não bastasse, ainda há "comentadores" pela nossa praça, que apelam a que "se esqueçam por agora os direitos humanos e se deixe rolar a bola". Lamentável, mais a mais, vindo de quem vem. Mas deste senhor, já nada admira e tudo se espera. 

Agora, como português, pergunto: o que vai esse senhor, fazer ao Qatar? Eu não me sinto representado por ele. Pedia a todos os democratas deste país, representados na Assembleia da Republica que, votem contra a deslocação deste senhor. Estão no direito de o fazer e no dever de impedir esta inoportuna deslocação. Sempre quero ver quem tem coragem de o fazer.

Por fim, uma pequena sugestão: porque é que não pega no dinheiro que vai (ou iria) gastar com essa viagem (dinheiro de todos nós), e o vai entregar ao casal de desalojados que, ainda recentemente, foi visitar à estação do Oriente? Isso sim, era de aplaudir.

Vou esperar para ver.    

   E DEPOIS O MACACO SOU EU





JoséCampos

@2022.11.19

 

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

 AS "EXCENTRICIDADES" DA NOSSA CIDADE

Por estes dias, quem passava na Av Central, junto ao coreto, deparava-se com este cenário. Apesar de, na altura em que fiz as fotos, chovesse copiosamente, a roupa lá estava, estendida, à espera dos raios de sol, que a haveriam de secar, e que, nesse dia, não apareceram.

Coreto da Av. Central em Braga

Fiquei surpreso! Pensei que tivessem alugado o lugar e sido transformado em habitação. Mas não. Algo estava errado e não batia certo, até que, descendo as escadas, estava um dos "moradores". Depressa compreendi, até porque esse senhor, é meu conhecido, não por boas causas ou razões, mas, na verdade, já nos cruzamos.

Ao que chegou esta gente infeliz. As drogas e o álcool, misturados com falta de trabalho ou, até, por falta de vontade de trabalhar, levaram a este viver, se é que assim se pode chamar, na verdade.

Mas o que mais me indigna, não é a roupa estendida, desta forma, em pleno centro da cidade, e que dá mau aspeto e choca, a quem passa, por tanta miséria humana, se poder ver, ali retratada. O que mais me indigna é que, alguns, muito poucos, constroem colossais fortunas, à conta dos tráficos de estupefacientes, lançando para a indigência, milhares e milhares de pessoas, por esse mundo fora. Quantas vidas foram destruídas, quantos sonhos foram apagados, quantas famílias se desagregaram, por causas diretas, com este martírio das drogas? Certamente, milhões. 

Coreto da Av. Central em Braga
Às autoridades locais, neste caso, de Braga, cabe dar apoio a esta gente e, tirá-la da exposição publica a que se encontra sujeita. Manter aquele local, nas devidas condições de sanidade e salubridade, é também de sua obrigação, tratando-se, mais a mais, de um lugar de fruição publica.

Quanto às gentes, é preciso recuperá-los e, se possível, dar-lhes uma nova vida, plena de significado e dignidade. 

Todo o ser humano, merece este nosso esforço. Não vale assobiar para o lado. À nossa porta e, muitas vezes, dentro da nossa própria casa, sentimos estas tragédias. Por conseguinte, todos, somos poucos, para lutar, contra este flagelo, dos anos modernos.


E DEPOIS O MACACO SOU EU



    


José Campos

@2022.11.18


quinta-feira, 10 de novembro de 2022

 AS "EXCENTRICIDADES" DA NOSSA CIDADE

Para quem circula pela Rua do Visconde de Nespereira (a rua tem dono, é do Visconde), de carro ou outro qualquer meio de transporte, não se apercebe, do que por ali acontece, mesmo ao lado do edifício GNRation.

Aqui, onde está esta tinta amarela,
começa a via da esquerda.

Esta rua, que liga o Mercado Municipal à Praça Conde de Agrolongo, tem, a partir, mais ou menos do meio, duas faixas de rodagem, que termina com dois sinais de obrigatoriedade de viragem, um à direita, para quem circula na via da direita, e um outro de virar à esquerda, para quem circula na via da esquerda.

Muitos, dos meus possíveis leitores, dirão: "mas que faixa à esquerda? Esta rua só tem uma faixa de rodagem."

Aqui, termina a via da esquerda, 
obrigando a virar para o Carmo
ou a entrar no túnel
Pois, aí é que está a questão. A faixa da esquerda existe, está lá, bem sinalizada, só que, contrariamente ao que diz o código da estrada, sempre ocupada, com veículos estacionados, ocupando, por completo a referida via da esquerda. Portanto, em incumprimento grave (ocupação de uma via de rodagem), dando lugar a reboque dos veículos infratores e a passagem da respetiva multa.

E mais acrescento. Quem circula naquela rua e, chegado ao final da mesma, tem de virar, obrigatoriamente para a direita. Ora como muitos e, legitimamente, querem ir para o Carmo ou para o túnel da Av. da Liberdade, são obrigados a cometer uma infração grave, ou seja, desrespeitar um sinal de transito. 

O sinal está lá, não há qualquer dúvida

Mas, pasme-se. Isto passasse há anos, num local central da cidade, muito movimentado e, nunca vi um policia sequer ou um reboque que seja, a atuar, em nome do cumprimento da lei.

Provavelmente, não há agentes, que cheguem para toda a urbe, que já é grande e complicada. Mas, parados na base do Monte Picoto, a dormir dentro das viaturas, ou a levarem a família a casa, nas viaturas oficiais, para isso, já há.

É o espelho de uma cidade e, até de um país, deixado ao deus-dará, onde se faz o que se quer, seja legal ou não. E mais, quando se atua, nem que seja uma vez por ano (o que já era bom), aqui-del-rei que "foi a primeira vez", que "são uns malandros", e que "só andam à caça da multa". 

Não é preciso nada andar à "caça da multa", basta fazer cumprir o que o código da estrada "diz" no seu articulado, e ter os olhos bem abertos.

   E DEPOIS O MACACO SOU EU




 

  

José Campos

@2022.11.10


ASSIM, NÃO. .. A continuar assim, muita gente vai deixar de ir ver o rali ao vivo e, eu sou, desde já, um deles. Não se pense que, ao lerem ...