quarta-feira, 31 de agosto de 2022

AFINAL...SÓ MUDOU DE PESSOA

Quem utiliza, no seu todo, a denominada Ecovia do Este, que vai desde a Av. dos Lusíadas até à Rua Ponte Pedrinha, certamente já se apercebeu que, em alguns troços da mesma, a via é partilhada, ou seja é de base, uma via pedonal, mas ciclável, tendo mesmo partes, em que os peões devem circular pela parte pintada a cor creme, e os ciclistas pelas pintadas a vermelho. 

Também, já se devem ter apercebido que, em alguns troços, há zonas perigosas, para quem circula, quer apeado, quer de bicicleta.

Uma delas, é quando a ecovia passa por debaixo da ponte da Av. da Liberdade. Entra-se e sai-se, sempre em ângulo fechado, sem se conseguir ver, se vem alguém do outro lado, embora, as pessoas tomem as devidas precauções, principalmente quem vai de bicicleta (eu pelo menos tomo). 

Para que se pudesse ter uma melhor perceção, de quem circula naquele troço, não era preciso mais nada, do um simples espelho (como há noutras zonas da ecovia). 

Este meu "desejo" já foi colocado, ao anterior presidente da junta, por três vezes, uma das quais, in loco, em dia de festarola (entenda-se uma qualquer inauguração) em que por ali nos cruzámos. Os dias passaram, o mandato passou e o espelho desejado, continua no vidraceiro, à espera que o vão lá buscar e colocar onde, verdadeiramente, pode ser útil (onde se vê aquele quadrado branco, nas fotos, em minha opinão).

Entretanto, o ano passado, como todos sabem, houve eleições autárquicas. Em plena campanha eleitoral, ao ser abordado, numa arruada, pelo candidato, que acabaria por vencer nesta freguesia, fiz-lhe o mesmo pedido, sem tirar nem por. 

Pois bem, passado todo este tempo, a freguesia, no seu todo, continua na mesma. Não, pior, pois entretanto, até a erva cresceu nos passeios. Não se vê melhoria nenhuma que se diga digna desse nome. Quanto ao espelho, nada

Um dia destes, quando me deslocava de bicicleta, na ecovia, no sentido do Parque de Exposições, nesta esquina, precisamente, fui abalroado por um jovem, de bicicleta que, acabou por me atirar contra as grades ali existentes. E se as não houvesse, teria ido parar ao rio. Provavelmente, se lá estivesse o famigerado espelho, ele ter-se-ia apercebido do movimento e tomado mais cautelas. 

Só vão agir, infelizmente, quando alguém se aleijar a sério, naquele local.

Pergunto-me: porque é que estas pessoas se candidatam a estes cargos, se depois não mexem uma palha, como se diz na gíria? 

Sinceramente não entendo. Se me deixarem, eu compro o espelho e coloco-o lá, a expensas minhas. 

Espero que ainda haja homens de palavra que, mesmo tarde, cumpram as promessas feitas. 

E DEPOIS O MACACO SOU EU.

 




José Campos

@2022.08.31

domingo, 28 de agosto de 2022


O SEU A SEU DONO
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Nos dias em que me levanto cedo (para mim, cedo é, antes das sete horas da manhã), costumo folhear um jornal, aqui do burgo, a que tenho acesso, só para me inteirar do que se passou e, caso haja algo que me interesse, então "embrenho-me" no jornal, e leio.

Ora, hoje, não fugi à "regra" e lá dei a minha espreitadela e, ao passar nas páginas dedicadas ao desporto (diga-se, três ao futebol e uma, pequenina, às outras modalidades) acabei por dar com a tabela que se vê na foto (o risco branco fui eu que fiz).

Não fiquei surpreendido, por duas razões: primeira, porque felizmente me passou a fobia do futebol, por isso já pouco ligo; segunda, porque, à primeira vista, nada de anormal no que aos resultados diz respeito. Por isso, acabei de ver o jornal, fechá-lo e colocá-lo no canto, onde os "borlistas" como eu,  gostam de pegá-lo, para também eles, darem uma vista de olhos.

Quando, mais tarde, dei entrada na(s) minhas redes sociais (sim eu tenho mais do que uma, porque se há coisa que eu goste, é de socializar, mesmo à distância e com todo o tipo de gente, mesmo com alguns "tristes" que por aí andam, até ao dia, em que os encostem a um canto), fiquei surpreendido, ao ver os resultados da bola, e de verificar que, um deles, não coincida com a lista do jornal que eu tinha visto de manhã. Voltei a pegar no jornal para comprovar se era eu que tinha visto mal. Mas não, estava correto. Na verdade, as pessoas foram mal informadas, com certeza sem qualquer intenção clubística, mas foram. 

E isso é que é grave. Se não se consegue dar, corretamente, uma simples noticia de um resultado de um jogo de bola, como é que podemos confiar em outros escritos, alguns deles com responsabilidade acrescida, pelo conteúdo, importante, que se pretende transmitir?

Claro que não somos infalíveis, ninguém é, mas há que ter mais cuidado, e não deixar passar estes "erros insignificantes".

Por acaso não sou do clube que "foi dado" como vencedor. Agora, digo-vos: se fosse do Chaves, ficaria aborrecido. 

 

E DEPOIS O MACACO SOU EU





José Campos

@2022.08.28

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

 A ARROGÂNCIA A SOBREPOR-SE À IGNORÂNCIA

Estes dias, tal como faço habitualmente, fui dar a minha voltinha de bicicleta, que é uma coisa que muito me agrada.


Como, infelizmente, não temos espaços suficientes para andarmos em segurança, somos obrigados a usar a via publica e a partilhá-la com os outros utentes da mesma, sempre dentro das regras de trânsito, e nunca dificultando a vida a ninguém (às vezes também cometemos uma ou outra infração).

Pois bem, em Gualtar, ao regressar da estrada da Póvoa de Lanhoso, entro na rotunda ali existente e, tal como o código manda, mantenho-me na faixa da direita, até encontrar a saída que pretendo. Já ia a mais de meio do percurso, surge um automobilista (nem sei se é assim que se chama) da minha esquerda e que pretendia sair para a rua que eu estava a acabar de passar.

À "boa moda" labrega portuguesa, agarrou-se à buzina do carro, e vai daí, toca a soltar umas estridentes buzinadelas. Como se não bastasse, abriu as goelas e vai daí, também à "boa maneira" malcriada portuguesa, toca a soltar impropérios do género "ó palerma não sabes que tens de circular pela esquerda" e "se não sabes o código vai para casa". 

Tive de parar. E não fosse eu um homem de bem e calmo, ter-lhe-ia dado a merecida correção (dois sopapos) e depois a explicação.

Fiquei-me, a bem da minha sanidade mental e dos dentes do "gringo", pela explicação.

Informei-o de que "veículos pesados, de tração animal e velocipedes, têm de andar sempre pela faixa da direita" ao que ele me responde "camiões e autocarros sabia, agora bicicletas..." ao que retorqui "então pelos vistos o meu amigo só sabe metade do código".

Ficamos por aqui, cada qual seguiu o seu caminho. Não vale a pena discutir com gente que só vê a "sua barriga" e que não aceita ser "ensinada". Infelizmente há muitos por aí.

Mas, caso esse senhor, tenha acesso a este escrito, deixo-lhe, só para tirar dúvidas, este pequeno texto (leia, demora menos do que beber um copo de vinho).

 O artº 14-A, acrescentado ao código da estrada refere o seguinte:

”1. Nas rotundas, o condutor deve adotar o seguinte comportamento:

a) Entrar na rotunda após ceder a passagem aos veículos que nela circulam, qualquer que seja a via por onde o façam;

b) Se pretender sair da rotunda na primeira via de saída, deve ocupar a via da direita;

c) Se pretender sair da rotunda por qualquer das outras vias de saída, só deve ocupar a via de trânsito mais à direita após passar a via de saída imediatamente anterior àquela por onde pretende sair, aproximando -se progressivamente desta e mudando de via depois de tomadas as devidas precauções;

d) Sem prejuízo do disposto nas alíneas anteriores, os condutores devem utilizar a via de trânsito mais conveniente ao seu destino;

2. Os condutores de veículos de tração animal ou de animais, de velocípedes e de automóveis pesados, devem ocupar a via de trânsito mais à direita, sem prejuízo do dever de facultar a saída aos condutores que circulem nos termos da alínea c) do n.º 1.

3. Quem infringir o disposto nas alíneas b), c) e d) do n.º 1 e no n.º 2 é sancionado com coima de € 60 a € 300.“


Cuidado com este tipo de condutor. Forma incorreta de circular e sair da rotunda.


Forma correta de circular e sair da rotunda.

Mas o que acontece, é que os automobilistas (alguns) por verem os utilizadores de bicicleta a circular sempre por fora, “cortam” e apertam, colocando, como é hábito a integridade física destes em risco.

Em momento algum um ciclista perde a prioridade ao circular no interior da rotunda, uma vez que o automobilista para sair, terá primeiro que mudar de faixa, colocando-se na faixa mais à esquerda.

Desta forma se o ciclista souber ocupar a sua posição na via, a interação com os automobilistas será mais assertiva.

E DEPOIS O MACACO SOU EU





José Campos

@2022.08.18

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

MANTENHA-SE AFASTADO DA VERDADE...

Há um ditado popular que diz 

"Quem diz a verdade não merece castigo"

Pelos vistos, nem sempre é assim.


E DEPOIS O MACACO SOU EU

 





José Campos

@2022.08.17


domingo, 14 de agosto de 2022

BROTHERS IN ARMS...

Antes de mais, queria pedir desculpa ao Mark Knopfler, por lhe "roubar", para titulo desta minha pequena nota, o da sua canção (e que bonita canção) Brothers in Arms, e que, ainda nos continua a deliciar o ouvido, apesar de já ter sido lançada há bastantes anos. O que é bom perdura, através dos tempos.

Mas vem isto a propósito de quê? Pois bem, passo a explicar.

Tem-se verificado, nos últimos anos, um elevado afluxo de cidadãos de origem brasileira, ao nosso país. As ligações entre os dois povos, ditos irmãos, tem facilitado esse êxodo de terras de Vera Cruz, e que encontram, aqui, em Portugal, melhores condições, para refazer as suas vidas. Até aqui tudo normal e nada a acrescentar. 

Não podemos, nem devemos, nunca, esquecermo-nos que, também nós portugueses, em altura negra da nossa vida comum, tivemos de deixar o solo pátrio e rumar a outras paragens, nomeadamente Europa Central, América do Norte, Austrália e mesmo ao Brasil, de onde muitos, nunca mais regressaram. E que se saiba, tirando pontuais exceções, fomos bem recebidos e acolhidos, tendo-nos integrado nas diversas comunidades.

E, aprendendo com essa experiência, aliada à tradicional e ancestral boa forma de receber, que caraterizam os portugueses, também nós, temos os braços abertos para receber aqueles que escolhem viver na nossa terra. E que eu saiba, ou tenha conhecimento, de uma modo geral, tudo tem decorrido com normalidade, estando hoje, perfeitamente integrados na nossa sociedade e vivido pacificamente ao lado uns dos outros.

Mas, e há sempre um mas. Têm surgido rumores, ainda mais ou menos ténues, de que, nós portugueses, somos "racistas" e estamos a criar problemas à comunidade brasileira, não os querendo cá e, desejando que regressem ao seu país.

Sinceramente, não penso que assim seja. Nem tenho vivenciado qualquer atitude hostil da nossa parte. Que haja desentendimentos, talvez, quem os não tem. Agora, ir tão longe e aplicar termos como "racismo", sinceramente, penso que é desmedido e não reflete a realidade.

Pela parte que me toca, como se costuma dizer, "durmo descansado". Eu até tenho um genro brasileiro e, por sinal, até gosto bem dele.

Há quem se entretenha a lançar dúvidas e falácias para o ar. Há quem as deixe passar, a maioria. Mas alguns, mais "indefesos", acabam por acreditar, por ingenuidade, ou porque estão ao "serviço" de outras causas. 

E DEPOIS O MACACO SOU EU





José Campos

@2022.08.14


A PROPÓSITO DE...

Dos últimos acontecimentos, registados antes da Volta a Portugal, e que levaram a UCI (União Ciclista Internacional) a retirar a licença desportiva ao F.C. Porto e, impedir assim, que participassem, na 83ª Volta a Portugal em bicicleta.


Quanto aos aspetos legais, não me vou pronunciar. Deixo à justiça desportiva e civil, se necessário, que tomem as medidas consideradas adequadas a estes casos, que, infelizmente, não são raros, nesta modalidade, tão exigente fisicamente (não faltam casos de desclassificações em grandes voltas mesmo: Alberto Contador, Lance Armstrong, Vincenzo Nibali são apenas exemplos mais conhecidos, entre muitos outros).

O que me levou a escrever esta simples nota, foi a arrogância, com que, alguns adeptos do clube visado, neste caso negro do ciclismo português e do desporto em geral, chegando mesmo a ouvir um deles dizer que "o Porto não vai correr, vão ver, não vai haver ninguém a ver a volta". 

Puro engano, de uma pessoa, que ainda não percebeu, como se pode ver e amar o ciclismo. 

Quem verdadeiramente gosta deste desporto (é o meu caso), na maior parte das vezes, não quer saber e, não sabe mesmo, o nome do clube de determinado atleta. Miguel Indurain, Eddie Merckx, Vicenzo Nibali, Wout van Aert, Primoz Roglic, Tadej Pogacar e muitos outros, a maior parte de nós (os que gostamos deste desporto) nem sequer o nome dos clubes (entenda-se equipas, associadas a clubes ou não) sabemos. O que gostamos de ver, é o atleta em si, a sua elegância a pedalar e a sua mestria no domino da bicicleta, as suas capacidade em rolar em plano, em subir às montanhas mais altas e a sua tenacidade a descer as colinas, muitas vezes perigosas, e que, infelizmente, já roubaram algumas vidas. 

Ou seja, o nosso amor a este desporto, não tem clube, nem marca, mas sim, homens e mulheres, que praticam um desporto muito exigente e nos proporcionam deleite em vê-los em ação. 

Por fim responder ao meu amigo portista que, felizmente a volta a Portugal em Bicicleta, tem estado a decorrer, com muita gente a assistir, porque este, é um desporto popular. E não se tem notado, nada mesmo, a falta das camisolas azuis (no publico a assistir, porque na parte desportiva, fazem mesmo falta, pela classe dos praticantes que têm).

E DEPOIS O MACACO SOU EU




José Campos

@2022.08.14

ASSIM, NÃO. .. A continuar assim, muita gente vai deixar de ir ver o rali ao vivo e, eu sou, desde já, um deles. Não se pense que, ao lerem ...