domingo, 14 de agosto de 2022

BROTHERS IN ARMS...

Antes de mais, queria pedir desculpa ao Mark Knopfler, por lhe "roubar", para titulo desta minha pequena nota, o da sua canção (e que bonita canção) Brothers in Arms, e que, ainda nos continua a deliciar o ouvido, apesar de já ter sido lançada há bastantes anos. O que é bom perdura, através dos tempos.

Mas vem isto a propósito de quê? Pois bem, passo a explicar.

Tem-se verificado, nos últimos anos, um elevado afluxo de cidadãos de origem brasileira, ao nosso país. As ligações entre os dois povos, ditos irmãos, tem facilitado esse êxodo de terras de Vera Cruz, e que encontram, aqui, em Portugal, melhores condições, para refazer as suas vidas. Até aqui tudo normal e nada a acrescentar. 

Não podemos, nem devemos, nunca, esquecermo-nos que, também nós portugueses, em altura negra da nossa vida comum, tivemos de deixar o solo pátrio e rumar a outras paragens, nomeadamente Europa Central, América do Norte, Austrália e mesmo ao Brasil, de onde muitos, nunca mais regressaram. E que se saiba, tirando pontuais exceções, fomos bem recebidos e acolhidos, tendo-nos integrado nas diversas comunidades.

E, aprendendo com essa experiência, aliada à tradicional e ancestral boa forma de receber, que caraterizam os portugueses, também nós, temos os braços abertos para receber aqueles que escolhem viver na nossa terra. E que eu saiba, ou tenha conhecimento, de uma modo geral, tudo tem decorrido com normalidade, estando hoje, perfeitamente integrados na nossa sociedade e vivido pacificamente ao lado uns dos outros.

Mas, e há sempre um mas. Têm surgido rumores, ainda mais ou menos ténues, de que, nós portugueses, somos "racistas" e estamos a criar problemas à comunidade brasileira, não os querendo cá e, desejando que regressem ao seu país.

Sinceramente, não penso que assim seja. Nem tenho vivenciado qualquer atitude hostil da nossa parte. Que haja desentendimentos, talvez, quem os não tem. Agora, ir tão longe e aplicar termos como "racismo", sinceramente, penso que é desmedido e não reflete a realidade.

Pela parte que me toca, como se costuma dizer, "durmo descansado". Eu até tenho um genro brasileiro e, por sinal, até gosto bem dele.

Há quem se entretenha a lançar dúvidas e falácias para o ar. Há quem as deixe passar, a maioria. Mas alguns, mais "indefesos", acabam por acreditar, por ingenuidade, ou porque estão ao "serviço" de outras causas. 

E DEPOIS O MACACO SOU EU





José Campos

@2022.08.14


A PROPÓSITO DE...

Dos últimos acontecimentos, registados antes da Volta a Portugal, e que levaram a UCI (União Ciclista Internacional) a retirar a licença desportiva ao F.C. Porto e, impedir assim, que participassem, na 83ª Volta a Portugal em bicicleta.


Quanto aos aspetos legais, não me vou pronunciar. Deixo à justiça desportiva e civil, se necessário, que tomem as medidas consideradas adequadas a estes casos, que, infelizmente, não são raros, nesta modalidade, tão exigente fisicamente (não faltam casos de desclassificações em grandes voltas mesmo: Alberto Contador, Lance Armstrong, Vincenzo Nibali são apenas exemplos mais conhecidos, entre muitos outros).

O que me levou a escrever esta simples nota, foi a arrogância, com que, alguns adeptos do clube visado, neste caso negro do ciclismo português e do desporto em geral, chegando mesmo a ouvir um deles dizer que "o Porto não vai correr, vão ver, não vai haver ninguém a ver a volta". 

Puro engano, de uma pessoa, que ainda não percebeu, como se pode ver e amar o ciclismo. 

Quem verdadeiramente gosta deste desporto (é o meu caso), na maior parte das vezes, não quer saber e, não sabe mesmo, o nome do clube de determinado atleta. Miguel Indurain, Eddie Merckx, Vicenzo Nibali, Wout van Aert, Primoz Roglic, Tadej Pogacar e muitos outros, a maior parte de nós (os que gostamos deste desporto) nem sequer o nome dos clubes (entenda-se equipas, associadas a clubes ou não) sabemos. O que gostamos de ver, é o atleta em si, a sua elegância a pedalar e a sua mestria no domino da bicicleta, as suas capacidade em rolar em plano, em subir às montanhas mais altas e a sua tenacidade a descer as colinas, muitas vezes perigosas, e que, infelizmente, já roubaram algumas vidas. 

Ou seja, o nosso amor a este desporto, não tem clube, nem marca, mas sim, homens e mulheres, que praticam um desporto muito exigente e nos proporcionam deleite em vê-los em ação. 

Por fim responder ao meu amigo portista que, felizmente a volta a Portugal em Bicicleta, tem estado a decorrer, com muita gente a assistir, porque este, é um desporto popular. E não se tem notado, nada mesmo, a falta das camisolas azuis (no publico a assistir, porque na parte desportiva, fazem mesmo falta, pela classe dos praticantes que têm).

E DEPOIS O MACACO SOU EU




José Campos

@2022.08.14

ASSIM, NÃO. .. A continuar assim, muita gente vai deixar de ir ver o rali ao vivo e, eu sou, desde já, um deles. Não se pense que, ao lerem ...