BROTHERS IN ARMS...
Antes de mais, queria pedir desculpa ao Mark Knopfler, por lhe "roubar", para titulo desta minha pequena nota, o da sua canção (e que bonita canção) Brothers in Arms, e que, ainda nos continua a deliciar o ouvido, apesar de já ter sido lançada há bastantes anos. O que é bom perdura, através dos tempos.
Mas vem isto a propósito de quê? Pois bem, passo a explicar.
Tem-se verificado, nos últimos anos, um elevado afluxo de cidadãos de origem brasileira, ao nosso país. As ligações entre os dois povos, ditos irmãos, tem facilitado esse êxodo de terras de Vera Cruz, e que encontram, aqui, em Portugal, melhores condições, para refazer as suas vidas. Até aqui tudo normal e nada a acrescentar.
Não podemos, nem devemos, nunca, esquecermo-nos que, também nós portugueses, em altura negra da nossa vida comum, tivemos de deixar o solo pátrio e rumar a outras paragens, nomeadamente Europa Central, América do Norte, Austrália e mesmo ao Brasil, de onde muitos, nunca mais regressaram. E que se saiba, tirando pontuais exceções, fomos bem recebidos e acolhidos, tendo-nos integrado nas diversas comunidades.
E, aprendendo com essa experiência, aliada à tradicional e ancestral boa forma de receber, que caraterizam os portugueses, também nós, temos os braços abertos para receber aqueles que escolhem viver na nossa terra. E que eu saiba, ou tenha conhecimento, de uma modo geral, tudo tem decorrido com normalidade, estando hoje, perfeitamente integrados na nossa sociedade e vivido pacificamente ao lado uns dos outros.
Mas, e há sempre um mas. Têm surgido rumores, ainda mais ou menos ténues, de que, nós portugueses, somos "racistas" e estamos a criar problemas à comunidade brasileira, não os querendo cá e, desejando que regressem ao seu país.
Sinceramente, não penso que assim seja. Nem tenho vivenciado qualquer atitude hostil da nossa parte. Que haja desentendimentos, talvez, quem os não tem. Agora, ir tão longe e aplicar termos como "racismo", sinceramente, penso que é desmedido e não reflete a realidade.
Pela parte que me toca, como se costuma dizer, "durmo descansado". Eu até tenho um genro brasileiro e, por sinal, até gosto bem dele.
Há quem se entretenha a lançar dúvidas e falácias para o ar. Há quem as deixe passar, a maioria. Mas alguns, mais "indefesos", acabam por acreditar, por ingenuidade, ou porque estão ao "serviço" de outras causas.
E DEPOIS O MACACO SOU EU |
José Campos
@2022.08.14