terça-feira, 26 de junho de 2018

"POSTAIS DO PAÍS"
AO SENHOR PRESIDENTE DA
REPUBLICA PORTUGUESA
PROF. DOUTOR MARCELO REBELO DE SOUSA


Em primeiríssimo lugar, desejo e espero, que V. Exª, já se encontre restabelecido do "incidente" ocorrido no passado sábado, aqui por terras minhotas. Assim seja.
E foi, com imensa alegria, que pude ver, pelas noticias que fomos recebendo, que V. Exª foi tratado, no "nosso" hospital, de forma célere e eficiente. Não porque é o presidente de todos os portugueses, mesmo daqueles que, como eu, não votaram na sua candidatura, mas porque, foi um cidadão que se sentiu mal e, naturalmente, dirigiu-se ao referido estabelecimento de saúde para ser assistido. Direito universal de todos nós.

E, pelo que ouvi, entre a sua entrada no estabelecimento de saúde, a assistência que teve (pelo que se soube uma questão de desidratação provocada por complicações estomacais) e a sua saída (alta hospitalar), pouco mais de duas horas e meia decorreram. Fiquei satisfeito, que tenham tratado tão bem e tão rapidamente, um português que, como muitos outros, infelizmente, têm de recorrer a estes serviços altamente especializados.
Pois e a questão é precisamente essa. Um português, que como o senhor, goza dos mesmos direitos "universais" tão apregoados por aí e, até muitas vezes, por V. Exª, e que lhe está a enviar este pequeno e simples postal, aqui à dois meses, teve de recorrer ao mesmo hospital, por um problema, em tudo idêntico ao que se passou com V. Exª, deu entrada às seis da manhã e saiu às onze da noite, sem que, em algum momento da noite e do dia, lhe tenham perguntado se tinha fome ou sede.
Não está em causa o tempo que gastaram com V. Exª, o que está em causa é o que "gastaram" comigo. Bom era, que todos fossemos tratados, com a mesma celeridade e eficiência. Infelizmente, são mais os "nãos" do os "sims".
Ah, e não leve a mal, a minha questão; espero que tenha pago a conta. Sim, porque pode acontecer-lhe como a mim; chegar-lhe a factura a casa (tudo bem, nada contra) com consumos e preços, dos quais, não fui informado. Dou só um exemplo:
          -Antigénio especifico da Próstata (PSA) total, s...1,40 euros 
          -Prolactina (PRL), s...............................................1,10 euros
          -Aminotransferase da alamina (ALT), s................0,35 euros
e outros que tais.

Quando vamos a um restaurante, pedimos a lista, escolhemos e somos conhecedores do valor a pagar. Aqui não, pagamos a consulta e depois aparecem todos estes "consumos" (não digo que não foram usados) mas dos quais, eu não era conhecedor, nem sequer, do seu preço. No mínimo dá-nos para duvidar. Legalmente penso que, já que são objeto de pagamento pelo utilizador, a lista de preços, deve estar afixada em local visível, como acontece com todos os estabelecimentos comerciais e, este não deixa de o ser, também, e que grande comércio. 
Desculpe o desabafo senhor Presidente, e ainda bem que foi assim tão bem tratado, na minha terra de adoção.
Pena é que, nem todos os portugueses tenham esse mesmo tratamento.
E, já que este incidente, fez com que V. Exª não assistisse ao São João de Braga, desde já o convido a que, para o ano venha até nós. Teremos todo o gosto em o receber...sem doenças, mas com muitas marteladas.
Um abraço amigo.


E DEPOIS O MACACO SOU EU!


  





José Campos
@2018




















sábado, 9 de junho de 2018

"POSTAIS DA CIDADE"
AO SENHOR PRESIDENTE DA
CÂMARA MUNICIPAL DE BRAGA
DR. RICARDO RIO


Aqui, ainda estava a escolher os números do euromilhões!

Aborrece-me, imenso, ter de voltar a escrever "sobre este tema". Já o fiz, aqui, neste espaço, por mais de uma vez e, como as mesmas situações voltam a repetir-se, é sinal de que: ou não leram ou leram e não tomaram medidas. Vou mais pela primeira, dado que eu "tenho uma voz muito fraquinha" e por isso ninguém me ouve. Mas insisto, até que algo mude, neste país, onde cada qual faz o que quer, e não tem de "prestar contas" a ninguém. 
Se deambularmos pela cidade, é mais fácil encontrar "ladrões" do que policias. E temos duas, cá pelo burgo. A Policia de Segurança Publica e a Policia Municipal. Se a existência da primeira corporação, já vem de longe e temos feedback do trabalho que fazem, já quanto à segunda, criada não se sabe bem para quê (este surto foi por todo o país), desconhecemos, por completo, para que servem. Raramente são vistos pelas ruas. Um par ou dois, de vez em quando, lá se passeiam pelas ruas do centro da cidade, de óculos escuros, qual turista em dia de sol intenso, "escondendo-se" num qualquer recanto, de vez em quando, para fumar mais um cigarrito e, assim, vão passando as horas, até ao "toque de saída". 
Faltam lâmpadas nos sinais luminosos, há buracos nas ruas, há lixo espalhado, bem, há um sem numero de situações que podiam, ao menos, por eles, ser detetadas e corrigidas ou pelo menos comunicadas a quem de direito. Mas nem isso são capazes de fazer.
Estava difícil decidir quais os números em que apostar.
E afinal, para que pagamos todos nós, para esta corporação de gente "que nada faz"? Não tenho resposta. Por mim nunca teria visto "a luz do dia", mas como já disse, a minha voz e a de uma grande maioria dos portugueses nunca é ouvida. Contam connosco para colocar lá a cruzinha, de quatro em quatro anos e, depois, votam-nos ao ostracismo. Enfim, somos "obrigados" a viver nesta "palhaçada" onde quem é honesto paga "forte e feio" se comete algum pequeno deslize e, os que roubam aos milhares, batem-lhe com as mãos nas costas e "o senhor Dr. é uma pessoa muito séria, teve esta recaída, mas...".
Já não é a primeira vez, que vejo, uma viatura idêntica à das fotos (se calhar até é a mesma), parar por aqui "encher" de pessoas que saem do autocarro e, lotação esgotada, lá vai "à sua vida". 
Finalmente, números escolhidos, tarefa cumprida.

Para não variar (e esta é a razão que me levou a enviar este postal), por estes dias, dou com esta situação: viatura imobilizada na paragem do autocarro, agente "especial" dentro do quiosque, alguns minutos passam e, escolhidos os números da sorte, regresso à viatura e inicio de viagem de regresso ao "quartel". Nada de anormal, não fosse o carro ser pago por nós, o agente ser pago por nós, não para andar a registar euro milhões ou coisa que o valha, mas sim para zelar pela segurança de pessoas e bens.
Não me cabe a mim, zelar pela boa utilização dos meios públicos (por lá, há concerteza alguém, bem pago, por nós, cuja a função é essa mesmo). Mas cabe-me a mim e a todos os contribuintes pagantes, denunciar estas situações que, infelizmente, não são pontuais. Este é o dia a dia destes senhores. É um abuso.
E, já que, pelo que parece, não têm que fazer, senhor presidente, há muita rotunda para limpar, muitos arbustos para cortar. Se quiserem têm muito com que se "entreter". É uma questão de ordens.
Pedimos-lhe que, ao menos, não venham para a rua fazer estas figuras e, no fundo, gozar com quem lhes paga.

E DEPOIS O MACACO SOU EU!








José Campos
@2018.06.09


ASSIM, NÃO. .. A continuar assim, muita gente vai deixar de ir ver o rali ao vivo e, eu sou, desde já, um deles. Não se pense que, ao lerem ...