sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

CRÓNICAS DE BEM DIZER-01 de Fevereiro de 2013
 
Fui "obrigado" a voltar, mais cedo do que o previsto. Aviso desde já que os meus escritos não obdecem a qualquer tipo de acordo, nem ortográfico, nem de cortesia nem outro qualquer, pelo que sinto-me livre para escrever de forma escorreita, sem preocupação de forma ou conteúdo. Vamos lá a isso.
 
1-O ano de 2013, aquele que nos dizem, vai ser o da recuperação, pelos vistos não começa da melhor forma. Novo recorde no desemprego com cada vez mais portugueses a passar por esta situação, sendo que, neste momento, é provavél que todas as familias portuguesas tenham sido atingidas por esta calamidade, com um ou mesmo os dois conjuges nessa situação.
 
2-Eu também estou nessa situação. Mas como ainda tenho de trabalhar mais uns anos para poder ir buscar a misera reforma de que disporemos, se a houver mesmo, decidi inscrever-me num curso de Especialização Técnológica, de forma a que daqui a um ano possa entrar no mercado de trabalho com mais habilitações técnicas que me possam facilitar um novo emprego. Pago esse curso do meu bolso (entre a propina e outros gastos associados ao mesmo vão mais de 200 euros/mês), e mesmo assim, vem o nosso simpático governo e rouba-me uma parte do subsidio de desemprego que tanta falta me faz.
Nem os Caminhos de Ferro Portugueses ajudam, pois eu desloco-me diáriamente de comboio para Famalicão e, como tenho mais de 25 anos, apesar de ser estudante, não tenho direito a passe de estudante. Vamos lá a entender isto.
 
 
 
 
3-Num país que está a passar pela mais grave crise de que há memória, em que as pessoas por não poderem honrar os seus compromissos, estão a perder tudo, mesmo o tecto em que se abrigavam e de certa forma escondiam a miséria que por aí vai, e que, em situação de total ruptura se vêm a "viver" na rua, ainda conseguimos ter imbecis e sem vergonha que dizem as baboseiras que dizem na maior das desportivas como se usa dizer. Nunca desejei mal a ninguém, mas dava-me uma satisfação total ver este "senhor" na miséria e a viver na rua para ver se ainda tinha a mesma opinião. Retrate-se publicamente e peça desculpa aos portugueses, principalmente aqueles que mais sofrem, que menos têm e que "vivem" na rua. É o minimo que deveria fazer.
 
4-Um destes dias propus a uma amiga minha que me comprasse um bilhete (5 euros) para ingresso num espectáculo a realizar em Braga e cuja as receitas reverterão para a ajuda de umas obras que estão a decorrer num santuário de Braga. Pasme-se que, uma colega dela, num rasgo de inteligência pura e de racionalismo pragmático, vem com a conversa "olha não veio o padre, mas veio o sacristão". Claro que fiquei desde logo aborrecido, até porque não sou sacristão (não tenho nada contra eles), mas mais aborrecido fiquei quando ela me diz que "andam sempre a pedir, é para batizados, é para casamentos, é para isto, é para aquilo". Contive-me, não esbocei resposta e numa despedida rápida, abandonei o local e a companhia, antes que a lingua se me soltasse.
Lamento, mas lamento mesmo profundamente que haja pessoas que ainda assim pensam. Então quando vão ao médico não pagam? Quando solicitam os serviços de um advogado não pagam? Quando levam o carro ao mecânico não pagam? Pois é, em todo o lado se paga, ao padre é que não pois ele vive de ar e vento como se costuma dizer. E até mesmo quando ele não atende os "pacientes" de imediato, fica todo o mundo contra ele, e lá vêm os palavrões. Mas quando o médico lhes marca a consulta para daqui  a um ano, ou o advogado não lhes ganha a causa, ou quando o mecânico não deixa o carro nas melhores condições, aí pagam bem pago e ficam caladinhos.
Tenhamos um pouco de bom senso e encaremos o padre como um técnico como outro qualquer, e por tal, os seus serviços devem ser pagos. E que eu saiba, "as tabelas de preços praticados" até são bem baixinhas, comparadas com outras que por aí se vêm. Mas para além de tudo, deixemos de ser hipocritas, pois quando estamos "aflitos" é ao padre e aos santos que mais depressa recorremos.
 
 
 
 
 
 
 
E DEPOIS O MACACO SOU EU
 
José Campos
 
 


ASSIM, NÃO. .. A continuar assim, muita gente vai deixar de ir ver o rali ao vivo e, eu sou, desde já, um deles. Não se pense que, ao lerem ...