CRÓNICAS DE BEM DIZER-25 DE JULHO DE 2014
1-A FANTOCHADA E OS FANTOCHES
Afinal quais são os interesses que nos movem dentro da CPLP (Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa)?
Bem, a ver pelo que se passou esta semana em Díli, nada mais que interesses económicos, o que vai de encontro ao "desejo" dos países fundadores da mesma, pelo que, dado este trágico passo de deixar entrar um país que, para além de não ser de língua portuguesa, é um país onde a pena de morte está instaurada e a ditadura feroz de um homem se impõe já há longas décadas, significa quanto a mim, a morte imediata desta "instituição" que, verdadeiramente, ainda estou para perceber para que serve, pelo menos pelo lado português, que tem ido a reboque de outros, dentro da mesma, nomeadamente Brasil e Angola.
Mas mais grave ainda, foi a figura de fantoches, que duas das mais altas figuras do Estado português fizeram esta semana, na reunião que decorreu lá na longínqua Díli. Sinceramente, como português senti-me envergonhado com tamanha fantochada (daí os fantoches).
E mais, como português, não gosto que o meu país ande aliado a países onde se mata, tortura e se vive em ditadura. É companhia não desejada para um país, que apesar de tudo, vive em liberdade e onde os valores mais nobres, ainda são respeitados, por enquanto.
Por isso pergunto aos senhores que nos representaram, mal, na dita cimeira, porque é que não tiveram a coragem de, já que as coisas não decorreram "segundo o protocolo pré-estabelecido", de se levantarem e abandonar o local, não dando assim, tacitamente, o seu aval a tamanha desfaçatez?
Era o mínimo que deveriam ter feito, e não colhe o argumento de que "queriam que Timor ficasse bem visto na organização da cimeira". Afinal o que veio a concluir-se é que ficaram todos mal vistos nesta fantochada, expecto os senhores lá da Guiné que conseguiram aquilo que queriam, ou seja encapotar o que se passa lá pelas suas terras, junto da comunidade internacional, fazendo de todos os outros uns pategos, sem qualquer tipo de reação a uma situação caricata. Já sei que o petróleo fala mais alto, mas então se é assim, mudem os estatutos da CPLP e deixem-se de se andarem a enganar e a enganar os outros.
Já agora deixo um repto: porque não convidar a Espanha a integrar a CPLP? Afinal fica aqui ao nosso lado e é um país digno da nossa "companhia".
2-PREPAREM-SE PORTUGUESES, VEM AÍ MAIS UMA CONTA PARA PAGAR.
Afinal, aquilo que nos andavam a dizer e que nós já desconfiávamos há muito, veio a verificar-se, infelizmente para nós, que certamente lá vamos ter de pagar mais uma fatura "passada" por este conjunto de aldrabões e ladrões (é o termo certo) que vagueiam por esse país.
Torna-se insuportável viver num país onde quem manda, não é quem deveria, os eleitos, mal ou bem, pelo povo, mas sim os senhores do dinheiro e quem a eles está subserviente, como é o caso deste governo que atualmente por cá manda.
E mais grave do que tudo isto é a constante desfaçatez que estes senhores têm, andando constantemente a tentar "sossegar" o país, quando já sabem, que por detrás, há já manobras destas, feitas por senhores que não têm responsabilidade nenhuma.
E isto porque sabem que nada lhes acontecerá. Para além de uma misera, para eles, caução, para ficarem fora, os processos vão-se arrastar mais uma vez e, daqui a uns anitos, lá andamos nós a discutir os prazos e as prescrições e, se calhar ainda vamos ter de pedir desculpa a este senhor pelas calúnias que levantaram contra a sua incorruptível figura.
Que é feito de quem controla? Pelos vistos só servem para auferir chorudos salários e, aquilo que deveriam fazer, e bem, que era controlar apertadamente para que situações destas fossem impensáveis, não senhor, limitam-se a deixar andar e, quando a bomba rebenta, lá vêm, armados em defensores da pátria, dizer aquilo que todos já sabemos e quando os factos estão consumados.
E porque não deixar, este senhor e os que com ele colaboraram neste roubo, nesta vergonha, nas celas da Carregueira, em vez de lhes proporcionar o pagamento de cauções? Claro, para quem recebe 14 milhões de euros de "prenda" de um suposto amigo, não lhe custa nada pagar 3 milhões de caução. E assim continua a sua atividade, porque, por mais vigiado que esteja (que eu saiba não tem um policia a dormir com ele), vai ter sempre espaço e tempo para continuar a sua atividade profícua (para ele e seus apaniguados).
Já concluí, há muito, que neste país só se safam os aldrabões, os que fogem aos impostos (ou melhor se esquecem de os pagar), os que não cumprem. Por isso, e bem vistas as coisas, mais vale arriscar e não cumprir as diversas obrigações, sempre se pode ter alguma recompensa. E caso as coisas não corram bem, há sempre o expediente das cauções e dos recursos. Entretanto a vida segue.
Como cidadão cumpridor das minhas obrigações, não tolero ser penalizado, mais uma vez, a pagar as "contas" destes "senhores" e apelo a que, quem de direito, acautele desde já os bens destes cavalheiros para fazer face às dividas que têm para pagar e não nos "mandem mais contas de outros". Caso contrário serei obrigado a não cumprir e esperando que outros o façam.
Chega de brincadeira.
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| E DEPOIS O MACACO SOU EU |
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